Nascente 987 – Diretoria Colegiada do NF delibera pelo indicativo de adesão da categoria petroleira na região ao chamado nacional de greve contra os ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários. Calendário de assembleias será divulgado na próxima segunda, 17
Trabalhadores de diversos setores da economia irão parar suas atividades em resposta à ofensiva golpista que está destruindo nosso sistema de proteção social e direitos trabalhistas. A Petrobrás é peça central neste golpe. No rastro do desmonte da empresa, empregos e direitos estão sendo dizimados. No Norte Fluminense, reunião da diretoria colegiada do Sindipetro-NF realizada ontem deliberou por indicativo de adesão ao chamado nacional de realização de Greve Geral Nacional no próximo dia 28. Assembleias para avaliação do indicativo vão começar no dia 21, e terão calendário divulgado na segunda, 17.
Os petroleiros, que historicamente sempre estiveram na vanguarda das lutas da classe trabalhadora, precisam reagir à altura. Nesta semana, a FUP convocou a categoria a fortalecer a greve geral com uma grande paralisação em todo o Sistema Petrobrás.
Golpe contra o trabalhador
Há exatamente um ano, os movimentos sindicais e sociais alertavam a sociedade brasileira sobre os objetivos escusos dos que pregavam o impeachment sem crime da presidente Dilma Rousseff. “O golpe não é contra um partido ou contra um governo. O golpe é contra o trabalhador”, alertavam.
Como uma caixa de pandora, o golpe está despejando uma maldade sobre a outra contra a classe trabalhadora e as camadas mais vulneráveis da população: terceirização de todas as atividades, destruição da previdência social, flexibilização dos direitos trabalhistas, fim das políticas de inclusão social, desmonte da educação e da saúde públicas, privatização da Petrobrás, Eletrobrás, Correios e outras estatais. E isso é apenas o começo.
Luta por segurança
O dia 28 de abril é também dedicado à Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. No Sistema Petrobrás, a irresponsabilidade dos gestores com a vida dos trabalhadores já matou 370 companheiros ao longo destas últimas duas décadas. Com a saída em massa dos petroleiros que aderiram ao PIDV, o risco de acidentes se multiplicou.
Por isso, nas assembleias, além da greve de 24 horas no dia 28 de abril, a FUP também indica a submissão aos petroleiros da aprovação de uma notificação para denunciar aos órgãos fiscalizadores e à Justiça os gestores da Petrobrás pelos acidentes de trabalho.
Para o Sindipetro-NF e a FUP, além da Petrobrás, os gestores precisam ser responsabilizados como pessoas físicas, pelas decisões que tomam ao expor trabalhadores a riscos de ferimentos, mutilações e mortes no setor petróleo.