Reunindo sindicalistas com ampla experiência na discussão do teletrabalho, na Petrobrás e em outras categorias, o programa NF ao vivo de ontem promoveu um debate intenso sobre o tema e contou com grande interação de petroleiros e petroleiras. O assunto divide opiniões nas bases, que por vezes destacam os aspectos positivos do home office mas, também, apontam problemas — como mostram pesquisas da FUP e sindicatos.
Com o tema “Para onde vai o teletrabalho na Petrobrás?”, o programa contou com exposições da socióloga Adriana Marcolino, técnica do Dieese; do bancário Ari Aloraldo do Nascimento, secretário de Relações de Trabalho da CUT Nacional; do também bancário Marcos Vicente, da Comissão de Organização dos Empregados do Santander; e da petroleira Cibele Vieira, diretora do Sindipetro Unificado de São Paulo e da FUP.
Uma das principais ênfases dadas pelos convidados e convidadas em relação ao tema foi a necessidade de regulamentação do teletrabalho nas empresas. Eles reconheceram potenciais melhorias na qualidade de vida dos trabalhadores, mas também advertiram para impactos na saúde, na queda de benefícios e na instabilidade no emprego, apontando para o risco para uma espécie de “uberização”.
Na Petrobrás, a FUP tem insistido desde o governo passado na abertura de negociações sobre o teletrabalho. De acordo com Cibele Vieira, a expectativa é a de retomada de um Grupo de Trabalho para amadurecer as discussões sobre o tema. Ela apresentou dados de uma pesquisa com a categoria petroleira sobre trabalho remoto e advertiu que, mesmo com a mudança de governo há resistências a superar na gestão da companhia, ainda formada por muitos remanescentes do bolsonarismo.
Confira a íntegra do programa: