Na defesa da vida!
A campanha reivindicatória dos petroleiros já começou deixando claro para a Petrobrás e o governo que a categoria quer um basta aos acidentes e que não admitirá a tese retrógada de alguns setores de que aumento de salário gera inflação. O ato classista realizado no último dia 21 no Rio de Janeiro mostrou que os trabalhadores estão unidos e preparados para o enfrentamento. Os Correios já estão em greve desde o dia 14 e os trabalhadores aprovaram no ato a continuidade do movimento. Os bancários rejeitaram a proposta de 7,8% de reajuste e deflagrarão greve nacional a partir do dia 27 se não houver avanços nas negociações.
Mobilizar para conquistar ganho real
Proposto pela FUP, o ato classista do dia 21 foi abraçado pela CUT, com participação da CTB, reunindo no centro financeiro do Rio de Janeiro cerca de três mil trabalhadores das principais categorias em luta. Petroleiros, bancários, trabalhadores dos Correios e de empresas de telecomunicações, metalúrgicos, portuários, eletricitários, radialistas, químicos, entre outras categorias seguiram em passeata da Candelária à Avenida Chile, cobrando saúde e segurança, mais contratações e menos rotatividade, combate ao assédio moral e à terceirização, redução da jornada sem redução de salários, aumento real, entre outras reivindicações.
O ato contou com a participação do presidente nacional da CUT, Artur Henrique, e dirigentes da CTB e de várias federações e confederações sindicais, inclusive a dos petroleiros da Bolívia, cujo secretário nacional fez questão de se solidarizar com as categorias em luta.
Duas mortes em menos de uma semana
Os petroleiros abriram a passeata, carregando cruzes que denunciavam para a sociedade cada uma das 309 vidas perdidas em acidentes de trabalho no Sistema Petrobrás nos últimos anos. No último dia 18, houve mais um acidente fatal. O oficial de náutica da Transpetro, Rosynaldo Marques dos Santos, 50 anos, morreu quando tentava controlar um incêndio na casa de máquinas do navio Diva. Ele deixou órfãos dois filhos: um de dois anos e outro de 23 anos. Foi o segundo acidente fatal este mês, em menos de uma semana.
As cruzes que marcaram o ato classista do dia 21 foram fincadas no gramado em frente ao Edise, mas a Petrobrás as retirou logo após a manifestação, numa atitude autoritária e de desrespeito aos trabalhadores que morreram em suas unidades. Além de punir os petroleiros que lutam para defender a vida, a empresa esconde as mortes que denunciam a Petrobrás que não aparece nos comerciais de TV.
FUP cobra antecipação imediata do ICV
Na primeira reunião de negociação com a Petrobrás, realizada no dia 19, a FUP reivindicou a antecipação do ICV (7,29%) para repor imediatamente as perdas acumuladas nos últimos 12 meses e cobrou uma resposta para a pauta da categoria, que foi protocolada no dia primeiro deste mês. A FUP também cobrou o início dos trabalhos da comissão que irá propor novas práticas de SMS, a proposta da empresa para regramento das PLRs futuras e as pendências do atual Acordo.
Novas reuniões com a Petrobrás segunda e terça
As próximas rodadas de negociação com a Petrobrás acontecem na segunda (26) e na terça-feira (27) à tarde. A FUP esclarecerá as dúvidas da empresa em relação às principais reivindicações da categoria e tornará a cobrar uma contraproposta.
Última semana para eleger os novos conselheiros da Petros. Vote 22 e 32
Termina na quinta-feira, 29, a eleição para os representantes dos trabalhadores nos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros. Não deixe para votar na última hora. Sua participação é fundamental para garantir a gestão paritária do fundo de pensão, que é um dos principais patrimônios da categoria. A FUP e seus sindicatos indicam o voto nas chapas 22 para o Conselho Deliberativo e 32, para o Conselho Fiscal. Os candidatos Paulo César e Danilo (22) e Daniel Samarate e Jorge Silva (32) foram indicados por unanimidade pelos delegados que representaram a categoria petroleira no XV Confup. Eles têm compromisso em defender e lutar pelos interesses e direitos dos participantes e assistidos, diferentemente de outros candidatos que no passado prejudicaram os trabalhadores e aumentaram as dívidas e distorções do Plano Petros.
É o caso de Paulo Brandão, candidato apoiado pelos divisionistas, indicado pelo governo militar para a direção da Petros, onde permaneceu entre 1989 e 1996. Sob sua direção, a Petros proibiu os aposentados de incluírem novos dependentes, aumentou o desconto daqueles que quisessem ter seus reajustes no mesmo mês dos trabalhadores da ativa (setembro) e reduziu o cálculo das pensionistas. Paulo Brandão, que hoje é aliado dos sindicalistas que combatem a FUP e pregam a divisão da categoria, sempre defendeu os interesses das gerências e do alto escalão da Petrobrás. A mesma turma que tentou impor o famigerado PPV, que foi combatido e banido pela FUP.
Outro candidato da direita que faz coro com os divisionistas é Emídio Ribeiro Filho, que disputa a vaga dos trabalhadores no Conselho Fiscal. Na ditadura militar, ele foi gerente de RH da Petrobrás no Rio Grande do Norte e interventor no Sindipetro-RN. Não podemos permitir que candidatos algozes da categoria no passado ocupem as vagas dos trabalhadores nos Conselhos da Petros, apoiados pelos divisionistas. Por isso, é fundamental votar nas duplas 22 e 32, que são candidatos classistas e que foram democraticamente indicados pelos petroleiros nos fóruns e congressos da categoria.
Para derrotar os candidatos da direita, vote 22 e 32. Esclareça suas dúvidas e conheça as propostas de Paulo César, Danilo, Daniel e Jorge, acessando o blog www.votepetros22e32.com.br. Votar é fácil e rápido, veja abaixo:
Como votar pela Intranet – Os trabalhadores da ativa poderão votar no seu local de trabalho, nas áreas da Petrobrás e subsidiárias, através da Intranet. Ao acessar o sistema, haverá um link para o Portal da Petros, onde o trabalhador deverá clicar na janela de acesso de votação e digitar o seu CPF ou a data de nascimento (DD/MM/AAAA) e votar. Não precisa de senha.
Como votar pela intenet – Acesse o Portal da Petros: www.petros.com.br e use a matricula Petros e a senha.
Trabalhadores da Worktime fazem greve contra calotes
Sob gritos de “eira, eira, eira, Petrobrás é caloteira” e usando nariz de palhaço, cerca de 300 trabalhadores da Worktime que atuam no prédio administrativo da Petrobrás em São Paulo (Edisp) denunciaram em passeata na Avenida Paulista as condições precárias a que são submetidos os terceirizados. A manifestação, organizada pelo Sindipetro Unificado-SP, foi realizada no último dia 20, no segundo dia da greve de 48 horas que os trabalhadores realizaram para cobrar da Worktime o pagamento correto da rescisão contratual.
Na segunda-feira, 26 os trabalhadores fazem uma nova assembléia para discutir os próximos encaminhamentos.
A Worktime já é velha conhecida da categoria pelos calotes e atrasos nos pagamentos de salários em várias unidades da Petrobrás onde presta serviço, como Urucu (AM) e Bahia. Os calotes também são marca registrada da empresa nos Correios, onde também presta serviços. A história é sempre a mesma: ao final dos contratos, a Worktime assedia os trabalhadores para que abram mão das verbas rescisórias, caso contrário, não serão recontratados. Tudo isso com a conivência da Petrobrás, que até hoje não implementou o fundo garantido, como foi acordado com a categoria na campanha reivindicatória de 2009.
Petroleiros de Cabiúnas protestam contra insegurança
Nesta sexta-feira, 23, os petroleiros do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, atrasaram por mais de duas horas o início do expediente. A mobilização, organizada pelo Sindipetro-NF, foi um protesto contra a insegurança no terminal, que já vem sendo denunciada há mais de três anos pela categoria.
No dia 22, um vazamento de gás natural de grandes proporções durante 35 minutos por pouco não se transformou em mais uma tragédia anunciada. O vazamento foi controlado por técnicos de operação, contrariando compromisso assumido pela gerência do Tecab de implantar uma brigada especificamente dedicada e integrada por bombeiros.
