O coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), José Maria Rangel, fez hoje, durante ato público no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos, um chamado para que todos os petroleiros realizem os levantamentos indicados pelo sindicato sobre as condições de segurança no local de trabalho. A manifestação faz parte das atividades da entidade neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
O sindicalista lembrou aos participantes do ato público que várias conquistas na área de segurança têm sido possíveis em razão da atuação dos petroleiros, por meio dos registros das pendências nas Cipas (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) ou dos relatos enviados coletivamente para o sindicato.
Somente no transporte aéreo, entre os avanços citados por José Maria, estão a adoção do colete laranja, a prevista utilização do aeroporto de Campos dos Goytacazes e a renovação da frota de helicópteros. “Um desavisado pode achar que uma melhoria na segurança é meramente iniciativa da Petrobrás, mas, na verdade, por trás de cada passo há muita luta dos trabalhadores, nada cai do céu”, disse.
Segundo o coordenador do NF, a ação dos trabalhadores e do sindicato provocou uma mudança na forma de atuação da Agência Nacional do Petróleo e do Ministério do Trabalho. Ele lembra que “antigamente os fiscais eram desacreditados, eram motivo de chacota pelas gerências, que diziam que eles iriam autuar mas não haveria consequencia alguma. Agora, com base na lista de pendências que protocolamos nos órgãos de fiscalização, os fiscais vão direto ao ponto, e o resultado é que já tivemos mais de dez interdições de plataformas”.
No ato do Farol, o sindicalista destacou ainda que há muitos problemas a enfrentar na área de segurança, e um deles é a necessidade de o próprio trabalhador perceber o tema como prioridade absoluta. “Os próprios trabalhadores, muitas vezes, não entendem. Mas nós não vamos recuar”, afirmou.
A manifestação no Heliporto do Farol também contou com a participação do diretor do NF Armando Freitas. Em entrevista à Rádio NF (www.radionf.org.br), o sindicalista destacou que um dos maiores desafios do sindicato no momento é conscientizar o trabalhador para que ele cobre no seu cotidiano o cumprimento dos direitos à segurança assegurados recentemente, como os previstos no Acordo Coletivo de Trabalho e no Anexo II da NR 30.
“Temos uma herança de exploração, onde o capital não se importa com a vida. Ainda assim, tivemos muitas conquistas ao longo do tempo. O que precisamos é lutar permanentemente para fazer cumprir estas conquistas e avançar em outros pontos”, disse Freitas.
Além do ato público no Farol de São Thomé, o Sindipetro-NF promoveu, também na manhã de hoje, atos públicos nos aeroportos de Macaé e de Cabo Frio. No primeiro, houve apresentação de esquete teatral sobre a campanha “Tire a Mordaça” (www.tireamordaca.com.br), que estimula a participação dos trabalhadores por meio de denúncias sobre condições inseguras de trabalho.
[Fotos: Wellington Cordeiro / Para Imprensa do NF]
