[Com informações da FUP] – As entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes da Petros realizaram nesta quarta-feira, 13, um grande ato unificado em frente ao Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro. A mobilização teve como objetivo pressionar a Petrobrás a fechar um acordo judicial robusto para viabilizar o novo plano de previdência complementar, sem os Planos de Equacionamento da Petros (PEDs) que chegam a comprometer até 30% dos benefícios dos aposentados e pensionistas.
Em uma demonstração de força e união, centenas de aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa da Petrobrás de diversas partes do país, de norte a sul, marcaram presença na manifestação. Somente nas bases da FUP, foram mais de 13 ônibus que partiram em caravanas. A participação foi reforçada pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. No total, cinco ônibus foram disponibilizados, sendo dois com saída de Macaé e três partindo de Campos dos Goytacazes.
Os manifestantes expressaram a urgência de uma solução definitiva para o problema que afeta milhares de trabalhadores. Os planos de equacionamento chegam a comprometer até 30% dos benefícios, o que, segundo a categoria, representa um sério ataque à dignidade e à segurança financeira daqueles que dedicaram a vida à empresa.
“Essa geração de petroleiros e petroleiras que hoje está aposentada, foi a geração que lutou contra a ditadura, que enfrentou tanque de guerra em refinaria, foi a geração que achou o poço de petróleo na Bacia de Campos e é a geração que vai acabar com esse PED de uma vez por todas. E é também a geração que merece respeito e reconhecimento, não o peso de dívidas injustas. Vamos continuar cobrando soluções e defendendo quem ajudou a erguer essa história”, ressaltou o coordenador geral do Sindipetro NF, Sergio Borges.
A diretora do Sindipetro NF e da FUP, Barbara Bezerra, que também coordena o Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras, reforçou a cobrança por uma solução negociada que acabe com os PEDs. “Petrobrás, você pode mais do que ser uma pagadora de dividendos. Você pode tomar uma decisão histórica”, convocou, afirmando que a empresa não vai deixar ninguém para trás. “Essa conta não é nossa. Não é possível que a gente continue pagando com nossa vida, com nosso suor, uma conta que não nos cabe”, apontou.
A proposta defendida pelos participantes é que a Petrobrás avance na definição de um acordo judicial que viabilize um novo plano de previdência equivalente ao atual, mas sem os pesados descontos dos PEDs, que hoje chegam a consumir um terço dos benefícios dos aposentados e pensionistas.
A proposta foi construída ao longo dos últimos dois anos, tanto no GT Petros, quanto na Comissão Quadripartite – formada pelos representantes dos participantes e assistidos (FUP, FNP, Conttmaff, Fenaspe e Ambep), da patrocinadora (Petrobrás), da Petros e dos órgãos governamentais (Sest e Previc).
Fotos: Sindipetro NF e Imprensa FUP