Ato no Farol denuncia transformação de heliporto em covidário pela Petrobrás

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O Sindipetro-NF realizou na manhã de hoje, 15, um ato no Heliporto do Farol de São Tomé exigindo a desinfecção do local, parada das atividades até que essa desinfecção aconteça e a realização periódica de testes de COVID-19 para as pessoas que trabalham no local ou que circulam por lá.

Os diretores do Sindipetro-NF fecharam a entrada do Heliporto com fitas que representam local contaminado e  adesivos de Risco Biológico e Perigo de Morte. Para quem chegava de ônibus eram distribuídas máscaras certificadas, com 94% de eficiência, a PFF 2 (S).  “A Petrobras tem capacidade técnica, financeira e insumos para testar todo mundo e para distribuir máscaras adequadas. Não faz porque deve ter algum prazer em ver trabalhadores morrendo e adoecendo” – alerta o coordenador do Departamento de Saúde, Alexandre Vieira.

A motivação do ato foi o óbito no dia 13, do funcionário da Omni Taxi Aéreo, Diego Andrade, de 33 anos faleceu vítima da doença. Diego atuava no balcão da empresa e tinha contato direto com centenas de trabalhadores que passam diariamente pelo Heliporto. Segundo familiares, ele se contaminou no local de trabalho, ficou internado por apenas sete dias e não tinha nenhuma tipo de comorbidade. Além de Diego, oito trabalhadores foram contaminados nas últimas semanas.

“Até hoje os trabalhadores não foram testados devidamente por causa de dinheiro! Porque a Petrobrás que é uma empresa mesquinha e não está preocupada com a vida dos trabalhadores. Esse comportamento omisso da empresa está transformando o heliporto do farol num Covidário da cidade de Campos” – expõe o diretor do Sindipetro-NF Guilherme Cordeiro.

A diretoria do Sindipetro-NF tem alertado sobre o risco que é a circulação de pessoas nos aeroportos vindas de todas as regiões do país. Só no Heliporto do Farol passam mais de cinco mil pessoas de todos os lugares. Fora o contato que essas pessoas estão tendo com os trabalhadores que vêm das plataformas de petróleo e até hoje os trabalhadores não passam por testagem periódicas sendo expostos à contaminação.

O Sindipetro-NF já encaminhou denúncia à Vigilância Epidemiológica de Campos solicitando fiscalização no local e aos órgãos responsáveis. Outra proposta já apresentada pela direção do sindicato à Petrobrás é a mudança de escala para quem trabalha embarcado, que reduziria a circulação de pessoas no local.

“Mais de cinco mil pessoas embarcam e desembarcam por esse heliporto e até agora, um ano depois da pandemia ter iniciado, não há rotina de testagem desses trabalhadores. Infelizmente o negacionismo que impera na Petrobrás nos faz lamentar mortes. Estamos indignados com essa situação e por isso viemos protestar contra essa gestão genocida da empresa” –  denuncia o Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.