Na quarta-feira, 21, a FUP e seus sindicatos realizam no Rio de Janeiro uma grande manifestação de lançamento da campanha reivindicatória, que contará com a participação dos bancários e trabalhadores dos Correios. Caravanas com petroleiros de vários estados do país participarão da mobilização, que terá como eixo principal a defesa da vida, tema da campanha reivindicatória dos trabalhadores do Sistema Petrobrás: “A vida, sim, é a nossa energia – Exploração, só de petróleo”. Esta semana, mais um petroleiro morreu vítima de acidente de trabalho na empresa. Só este ano, 14 trabalhadores perderam a vida por falta de segurança na Petrobrás (veja matéria abaixo).
Proposto pela FUP, o ato unificado do dia 21 foi incorporado pela CUT na agenda nacional de lutas por ganhos reais e trabalho decente. A prioridade da Central este semestre é “aumento da pressão por ganhos reais de salário, apoio às greves e lutas em curso”, conforme deliberação da Executiva Nacional divulgada nesta quinta-feira, 15. “Contra o retrocesso, a CUT reafirma a necessidade de ocuparmos as ruas com grandes mobilizações e greves, disputando nossas propostas por um novo modelo de desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda e valorização do trabalho para o Brasil”, informa a Central.
Primeira reunião com a Petrobrás será na segunda (19)
Nesta segunda-feira, 19, a FUP inicia a negociação com a Petrobrás, cobrando as pendências do atual acordo coletivo, como implantação do Plano Petros 2 na Transpetro; fundo garantidor para proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados; unificação das redes de credenciados da AMS; criação da comissão para análise, caso a caso, do avanço de nível por tempo de serviço (PCAC).
A pauta de reivindicações dos petroleiros aprovada no XV Confup foi entregue à Petrobrás no dia 01/09. Além da defesa da vida, que é o principal eixo da campanha, a categoria luta por ganho real (7,29% do ICV/Dieese mais 10%), aumento de efetivos, igualdade de direitos, melhoria dos benefícios, fim das práticas antissindicais, entre outras reivindicações.
Mais uma morte na Petrobrás
Uma semana após a primeira reunião do Fórum Nacional de Práticas de SMS, onde a FUP e seus sindicatos denunciaram as mazelas da insegurança ao presidente e aos diretores da Petrobrás e apresentaram propostas concretas para alterar esta realidade, mais um trabalhador perde a vida em acidente na empresa. O ajudante de serviços gerais, José Ricardo Rosa, 41 anos, foi atingido na cabeça por um marco de concreto de 4,2 metros de altura, durante uma operação no dia 14, no Campo de Siririzinho, interior de Sergipe. Ele fazia parte da equipe da Gramo Engenharia, que realizava uma obra de sinalização de faixas de dutos. O marco de concreto tombou, quando estava sendo içado por um cabo e atingiu José Ricardo, que morreu na hora. A Gramo Engenharia, presta serviços para UO-SEAL. O trabalhador morto no acidente estava há apenas seis meses na empresa e era solteiro.
Somente em agosto, oito trabalhadores morreram em acidentes de trabalho na Petrobrás. Todos eram prestadores de serviço. São 14 óbitos desde o início do ano, segundo dados apresentados pela empresa no Fórum de SMS. Os números da Petrobrás e as informações repassadas pelos sindicatos à FUP apontam 308 mortes de trabalhadores em acidentes fatais na empresa desde 1995. Entre os óbitos registrados neste período, 250 foram com trabalhadores terceirizados. Um número alarmante que reflete a insegurança crônica no Sistema Petrobrás, fruto da falência de uma gestão de SMS que se preocupa muito mais com a produção e os lucros do que em zelar pela vida e saúde dos trabalhadores. A defesa da vida é o eixo principal da campanha reivindicatória deste ano e deve ser priorizado pela categoria, como convoca a FUP nos materiais de divulgação: “A vida, sim, é a nossa energia – Exploração, só de petróleo”.
Salários dignos e trabalho decente
na pauta das categorias em luta
Assim como os petroleiros, várias categorias organizadas têm data base neste semestre e já estão em campanha por ganhos reais e melhores condições de trabalho. Saúde e segurança, redução da jornada, combate ao assédio moral e à precarização, organização por local de trabalho e mais e melhores benefícios estão na pauta da maioria dos trabalhadores. Conheça as reivindicações das principais categorias em luta:
Correios
Os trabalhadores dos Correios entraram em greve no dia 14, após várias rodadas de negociação com a estatal, sem avanços significativos. A categoria reivindica piso de R$1.635,00; reposição da inflação pelo ICV/Dieese; 24,62% de reposição das perdas salariais referente aos anos de 1994 a 2010; melhores condições de trabalho; reembolso creche para os pais; entre outras cobranças. A direção dos Correios apresentou proposta de 6,87%, abono de R$ 800 e R$ 25 de vale-alimentação e ainda ameaçou cortar o pagamento dos dias parados e acionar a justiça para barrar a greve.
Bancários
Em campanha desde o dia 17 de agosto, os bancários iniciaram mobilizações esta semana para pressionar os banqueiros a avançar. Eles já tiveram duas rodadas de negociação com o Banco do Brasil e três rodadas com a CEF e a Fenaban. O BB negou praticamente todas as reivindicações da categoria e ainda ameaçou com a retirada de algumas conquistas do acordo em vigor. A próxima rodada de negociação é no dia 20. A CEF deverá apresentar sua primeira proposta no próximo dia 21. Os bancos privados (Fenaban) também negaram praticamente toda a pauta dos bancários, que reivindicam. reajuste salarial de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), redução da jornada de trabalho, melhores condições de saúde e segurança, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral. A Próxima rodada com a Fenaban será no dia 20.
Metalúrgicos
Os cerca de 70 mil metalúrgicos da região do ABC nos grupos de fundição, estamparia, máquinas e eletrônicos, autopeças e trefilação rejeitaram as propostas das empresas e aprovaram estado de greve. Se não houver avanços até o dia 20, os trabalhadores ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado. As metalúrgicas ofereceram 9% de reajuste à fundição (7,4% de reposição da inflação, calculada pelo INPC, e mais 1,49% de aumento de real) e 8,5% (1,02% de aumento real) ao grupo 2 (setores de máquinas e eletrônicos). Os trabalhadores reivindicam o mesmo acordo conquistado em agosto com as montadoras: reajuste salarial por dois anos que garantiu reposição da inflação do período e ganho real de 5%; abono de R$ 2.500,00 reajustado pelo INPC; licença maternidade de 180 dias, entre outras conquistas sociais.
Eleição na Petros já começou. Vote 22 e 32!
Começou nesta sexta-feira, 16, a eleição para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros. A votação segue até o dia 29 e pode ser feita através da Intranet, Internet ou pelo telefone (0800 285 0900). A eleição direta é o instrumento mais democrático que os participantes e assistidos dispõem para lutar por seus interesses e fazer valer seus anseios na gestão da Petros. Por isso, é importante que todos exerçam este direito e escolham democraticamente seus representantes na Petros.
O XV Congresso Nacional da FUP, realizado entre 03 e 07 de agosto, em Manaus, aprovou por unanimidade as candidaturas de Paulo César e Danilo Silva (chapa 22), que disputam as vagas de titular e suplente do Conselho Deliberativo; e Daniel Samarate e Jorge Silva (chapa 32), candidatos a titular e suplente do Conselho Fiscal.
A eleição será para duas vagas no Conselho Deliberativo e uma vaga no Conselho Fiscal, com mandato de quatro anos. É fundamental, portanto, que os trabalhadores ativos, aposentados e pensionistas votem em candidatos que tenham o compromisso de zelar pelo fundo de pensão e defender os interesses dos petroleiros. É importante destacar que todas as propostas das chapas 22 e 32 foram deliberadas democrática e coletivamente pelos representantes da categoria, no XV Confup. Portanto, são reivindicações que estão na ordem do dia da ativa, aposentados e pensionistas.
Vote em quem tem compromisso com os trabalhadores
Os candidatos apoiados pela FUP, além de qualificados tecnicamente, foram forjados na luta sindical e estão diretamente envolvidos nas campanhas reivindicatórias em defesa dos direitos dos participantes e assistidos da Petros. A FUP e seus Sindicatos têm uma história sólida de lutas e conquistas em relação à Petros, que levou a categoria petroleira a conquistar o maior acordo da história do sistema de previdência complementar do país. Um acordo que viabilizou aportes de mais de R$ 6 bilhões no Plano Petros, resolvendo uma série de pendências dos participantes e assistidos, inclusive a gestão paritária da Petros, através da eleição direta de duas das quatro diretorias da Fundação.
Por isso, é essencial eleger conselheiros comprometidos com a luta da categoria para que possam consolidar e ampliar essas conquistas e, principalmente, avançar em relação às reivindicações históricas que continuam pautando as lutas dos participantes e assistidos da Petros. Para garantir que os trabalhadores participem e intervenham na gestão da Fundação, vote 22 para o Conselho Deliberativo e 32 para o Conselho Fiscal.
Como votar pela Intranet
Os trabalhadores da ativa poderão votar no seu local de trabalho, nas áreas da Petrobrás e suas subsidiárias. Para isso, basta acessar a Intranet, através do Mozilla Fire Fox, usando a sua chave eletrônica. Ao acessar o Sistema, haverá um link para o Portal da Petros, onde o trabalhador deverá clicar na janela de acesso de votação e digitar o seu CPF ou a data de nascimento (DD/MM/AAAA) e votar. Não precisa de senha.
Como votar pela internet
Para votar pela internet basta acessar o Portal da Petros através do Mozilla Fire Fox: www.petros.com.br e usar a matricula Petros e a senha.
