Atos contra o extermínio do povo negro acontecem hoje em todo o Brasil

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Os movimentos negros consideram o dia 13 de maio como uma marca histórica sim, mas da abolição inacabada. E fatos não faltam para confirmar a veracidade dessa afirmação. Para ficar somente nos mais recentes, podemos citar a chacina na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro/RJ; a pandemia da Covid-19, que mata muito mais negros que brancos, resultado da desigualdade social imposta pelo racismo; e as agressões cotidianas que as pessoas negras sofrem unicamente pela cor da pele.

Nesta quinta, 13 , a Coalizão Negra realizará atos em todo o País, convocando a sociedade brasileira a parar essa barbárie e o genocídio imposto pelo governos milicianos que dirigem o Brasil e diversos Estados: NEM BALA, NEM FOME, NEM COVID. O POVO NEGRO QUER VIVER!

O movimento começou às 10h com um o tuitaço contra o racismo que segue o dia todo nas redes. Com o lema, “Nem de bala, nem de fome, de Covid-19 – o povo nego quer viver”. A ideia é protestar nas ruas (mantendo os cuidados de distanciamento e uso de máscara) e nas redes sociais. A orientação é que use a hashtag #13DeMaioNasRuas.

Em Macaé, está agendado um ato para hoje, às 15h, na Praça Veríssimo de Mello. A atividade tem apoio do Sindipetro-NF que doou materiais para sua realização. No Rio de Janeiro haverá um ato às 17h na Candelária.

“A manifestação é pelo fim do genocídio negro e pelo controle social de atuação das polícias! O racismo é perverso e destrói a vida do povo negro. Lutar contra esse crime é papel de toda a sociedade. É uma questão de sobrevivência. Precisamos de comida no prato e vacina no braço”, afirma a coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU),  Iêda Leal.

De acordo com os dados do IBGE, os negros representam 56,1% da população brasileira, 54,9% da força de trabalho e 64,2% dos desocupados no país. Como publicado no site do sindicato dos bancários do Rio de Janeiro, a informalidade também atinge mais esse contingente. Enquanto 34,6% de pessoas brancas se encontram em condições informais de trabalho, a informalidade atinge 47,3% de pretos e pardos.

Segundo dirigentes da CUT, ” o enfrentamento e a superação do racismo é papel fundamental de todos nós e uma bandeira histórica da Central. O povo negro está sendo assassinado pelas forças de segurança e ninguém é punido. Isso precisa acabar. Por isso faço o chamamento do movimento sindical para unir-se à essa causar e exigir o fim da impunidade e do genocídio em curso”.