Baker/BJ utiliza de coação e terrorismo com a categoria

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Durante a tarde de ontem, 5, o departamento do Setor Privado do NF recebeu várias denúncias da categoria que o alto escalão da empresa está pressionando os trabalhadores, através dos cargos de confiança mais próximos ao chão de fábrica, a aceitarem uma pseudo proposta referente ao ACT 2016/2017. 

“Este expediente é um velho conhecido da direção e vem sendo ferrenhamente combatido de uns anos pra cá pela Diretoria do NF por entender que, num momento onde a geopolítica do petroleo derruba os preços do mercado internacional e muitos trabalhadores e trabalhadoras já pagaram  a conta de uma crise que não é nossa com seus empregos, não é justo que a a gestão da empresa jogue tão baixo, utilizando de terrorismo e coação para com a categoria” – comenta o Coordenador do Setor Privado, Leonardo Ferreira. 

O Sindipetro-NF está solidário aos supervisores e coordenadores que estão no meio desse “fogo cruzado” e que tem que acatar as ordens descabidas da gestão, fazendo com que esse jogo de terror venha desembocar no chão de fábrica. O NF também incentiva que as denúncias continuem, de todas as partes da categoria, sendo cargo de confiança ou não, pois no nosso entendimento todos fazem parte da classe trabalhadora e serão atingidos pelos prejuízos que o patronato tenta impor. 

Ferreira lembra que “nesse momento difícil é que a categoria deve estar ainda mais unida em torno da defesa das conquistas do nosso ACT, afinal ele custou muita luta. A empresa, sem se importar com a categoria, ceifou o emprego de muitos e agora, com baixo efetivo, faz com que operários e operarias cumpram jornadas extenuantes em alto-mar e em terra, castigando ainda mais a categoria. Tentam esconder o fato de, “apesar da crise”, os cofres da empresa terem sido inundados por altas cifras por conta da multa paga pela Halliburton, pela aquisição da Baker/BJ não ter corrido. É justo jogar um trabalhador contra o outro enquanto a empresa possui condições de manter direitos e repor perdas? Entendemos que não! Por isso nosso lema continua sendo nenhum direito a menos”.

O departamento do Setor Privado do NF incentiva a categoria para que se mantenha firme, que seja paciente e que continue denunciando os desmando e coações por parte da gestão da empresa. 

O Sindicato manterá posição firme na mesa de negociação, onde a empresa tem por obrigação apresentar uma proposta decente. Só depois disso é que será convocada assembleia, para a categoria apreciar alguma proposta com indicativo do NF.  “Até o momento nenhuma proposta oficial  foi apresentada e o que existe são apenas boatos, num jogo sujo e vil que, juntos, categoria e sindicato irão derrotar mais um vez” – disse Ferreira. 

Histórico das negociações

 
Até agora ocorreram duas reuniões com os representantes da empresa. Na primeira, a  empresa apresentou um reajuste de 7,5%, bem abaixo da inflação de 9,3%, e a implantação da coparticipação no plano de saúde. Essa ideia foi negada em mesa pela diretoria do Sindipetro-NF e acabou gerando uma nova reunião.

Nessa segunda reunião, a empresa tentou alterar as metas da PLR, conquistadas no ACT de 2015, provavelmente porque a categoria conseguiu atingir 100% das metas. Também tentou rebaixar o reajuste de 7,5% para 7%. Diante da intransigência e insensibilidade da empresa, o departamento do Setor Privado do NF solicitou uma nova rodada de reuniões, para que a empresa tivesse tempo de refazer seus cálculos e apresentasse uma proposta decente.

Vamos a luta!

“Quem luta conquista! Firmes, pacientes e unidos manteremos nossas conquistas e avanços. E se a pressão nefasta continuar, a direção do NF recorrerá as instancias cabíveis para denunciar as opressões perpetradas pela gestão que insiste no caminho errado da condução da negociações” – conclui o diretor João Paulo Rangel.