Na tarde de ontem, 3, representantes do Sindipetro-NF, Sindipetro-BA, FUP e representantes da Baker/BJ estiveram reunidos para mais uma rodada de negociações sobre o ACT 2016/2017. Novamente a empresa não trouxe proposta, mantendo o rebaixamento salarial de 7,5% para reajustes salariais. Para o Coordenador do Setor Privado do NF, Leonardo ferreira, “essa proposta é muito distante dos 9,3%, ICV de Maio de 2016 e já foi rejeitada pela categoria”.
Na tentativa de conseguir avanços que minimizem as perdas que esse reajuste trará para a categoria, os representantes sindicais apresentaram uma contraproposta via documento, que mantém os 7,5% para o ACT 2016/2017, e a partir de maio de 2017 propõem reajustar todas as cláusulas econômicas em 5%. Caso a inflação seja maior que 5%, as entidades retornariam a mesa para rediscutir o reajuste. Esse acordo teria validade até 2018, sendo negociado cláusulas econômicas todos os anos e cláusulas sociais a cada dois anos, mantendo a vigência do acordo até que se concretize uma nova negociação.
“É uma proposta que apresenta um caminho viável para que as partes cheguem a um ponto comum”, avaliou o diretor do NF, João Paulo Rangel, trabalhador da Baker lotado na base do Lagomar.
Cabe agora a gestão da empresa sinalizar a categoria e ao sindicato que está disposta a caminhar para uma solução que atenda as partes, via mesa de negociação, conforme preconizam as entidades sindicais, sem a judicialização das negociações.
“Os trabalhadores da Baker/BJ não querem um para quedas dourado, aquela parte do bolo (U$ 113 Mi!) que os altos executivos da empresa receberão por conta da fusão entre Baker e GE. Existe espaço para resolver agora, ou então sabe-se lá quando, essa questão. A bola tá com vc, Baker/BJ!” – conclui Ferreira.