Bancos reveem expectativas e já estimam crescimento do PIB acima de 2% em 2023

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Os bons resultados da economia nacional nos primeiros meses deste ano fizeram os bancos reverem de forma significativa suas previsões para 2023 sobre os principais indicadores econômicos nacionais. Em menos de um mês, a previsão dos analistas do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, por exemplo, subiu de 1,02% para 1,84%. Atinge até 2,11% em estimativas mais recentes.

Os dados constam da última versão do chamado Boletim Focus, publicado toda segunda-feira pelo Banco Central (BC). Para elaborar o boletim, o BC coleta previsões de economistas ligados ao mercado financeiro e as organiza num relatório.

Nesta segunda-feira (12), o Boletim Focus aponta que esses economistas estimam que o PIB cresça 1,84% em 2023. Esse percentual é a mediana de 110 previsões coletadas pelo BC nos últimos 30 dias. A mediana é o valor médio entre as previsões feitas, da menor até a maior.

Essa mesma versão do Boletim Focus também indica que 57 previsões foram coletadas pelo BC nos últimos cinco dias úteis. Considerando somente essas expectativas mais recentes, coletadas após a divulgação da alta do PIB do primeiro trimestre, a expectativa de bancos para crescimento da economia é de 2,11%.

Essa expectativa está alinhada com a do governo para a economia do país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), repetiu no início do mês que o governo sempre estimou um crescimento do PIB acima de 2% em 2023.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023 na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação entre entre o primeiro trimestre de 2022 e o primeiro trimestre deste ano, o PIB cresceu 4%. Já no resultado acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento é de 3,3%.

Inflação em queda

De acordo com o Boletim Focus, as previsões dos bancos para inflação ao final de 2023 também estão em queda. Há quatro semanas, ela era de 6,03%. No relatório desta segunda, é de 5,42% – mediana de 153 previsões.

Considerando 85 previsões coletadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana é ainda mais baixa: 5,26%.

Na quarta-feira (7), foi divulgada a inflação do mês de maio: 0,23%, 0,1 ponto percentual mais baixa do que os bancos previam. Levando ela em conta, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 2,95% nos primeiros cinco meses do ano. Já nos últimos 12 meses, o índice acumulado é de 3,94%.

Mais dados

O dólar encerrou a sexta-feira (9) cotado a R$ 4,87, atingindo sua cotação mais baixa em um ano. Os bancos estimam que ele feche o ano cotado a R$ 5,10, segundo o Boletim Focus desta segunda.

Os bancos também estimam que a taxa básica de juros, Selic, esteja em 12,50% ao ano no final de 2023. Hoje ela está em 13,75% ao ano, uma das mais altas do mundo.

Imprensa da CUT