Bases da FUP realizaram ontem mobilizações em dia nacional de denúncia das condições inseguras de trabalho no Setor Petróleo, a exemplo do que tem realizado o Sindipetro-NF na região. O sindicato saúda a iniciativa da Federação e das demais entidades envolvidas e reafirma o seu indicativo permanente de atualização das pendências de segurança nas áreas operacionais.
O NF lembra que as denúncias sobre a insegurança na Bacia de Campos, que chamaram a atenção da imprensa e dos órgãos de fiscalização, só foram possíveis em razão dos relatos enviados pelos trabalhadores sobre as condições das plataformas e da base de Cabiúnas.
“O mês de setembro em que comemoramos o fortalecimento da Petrobrás e a conquista do maior acordo salarial da categoria também marca a perda de quatro trabalhadores, assassinados pela insegurança crônica que os gestores da empresa, irresponsavelmente, fingem não enxergar”, denunciou a Federação.
Setembro com 4 mortes
Nos últimos 15 anos, a negligência da Petrobrás matou 286 trabalhadores. Somente no mês passado, foram quatro as mortes em unidades da empresa. No dia 30, a técnica de operações da Reman, Renata Lima Benigno, 26 anos, morreu no Hospital do Galeão, no Rio de Janeiro, após sete dias do acidente que sofreu em Manaus.
No dia 27, o marinheiro de convés da empresa Flomar, Genivaldo José da Silva, 34 anos, perdeu a vida em um acidente de trabalho no Terminal de Suape, em Pernambuco. Uma semana antes, no dia 21, o operário Marcos Vinícius Pereira da Silva, 38 anos, morreu após sofrer politraumatismos em acidente nas obras de terraplanagem do Comperj. O mês de setembro havia começado com a morte, no dia 4, do eletricista Milton José da Silva, 51 anos, que trabalhava para a DVS Manutenção e Instalações Elétricas nas obras de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.