Bela homenagem a Jorge Nunes marca a abertura do 14º Congresso Estadual da CUT-RJ – Cecut

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A abertura do 14º Cecut foi feita pelo secretário-geral da CUT-RJ, Aurélio Medeiros, que compôs a primeira mesa, formada ainda pela vice-presidente Neuza Luzia Pinto e pelo presidente da central, Darby Igayara. Todos falaram sobre a trajetória de Jorge Nunes, fotógrafo e militante da CUT e do Partido dos Trabalhadores, falecido em fevereiro de 2011.O secretário de Finanças da CUT Nacional, Vagner Freitas, fez uma saudação em nome da Executiva da CUT, alertando os que tentam difamar o ex-presidente Lula : “Mexeu com o presidente Lula, mexeu com a classe trabalhadora.”

Em seguida, Darby Igayara entregou, em nome da direção da CUT-RJ, à viúva de Jorge Nunes e aos seus filhos, uma placa de agradecimento pelos relevantes serviços prestados por ele ao movimento sindical e às grandes causas do povo brasileiro. ” O Jorge era um sonhador. Então, lutamos para que o sonho dele se realize e a classse trabalhadora tenha dias melhores. Precisamos de um mundo mais justo e humano”, agradeceu Edina Gonçalves, víúva de Jorge.

O coral de ex-funcionários do Banerj deu o toque artístico à primeira parte do 14º Cecut.

Palestra de José Dirceu sobre conjuntura superlota 14º Cecut

Além dos delegados ao Cecut, a palestra do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, atraiu um grande número de militantes do PT e dos movimentos sociais. Dirceu traçou um quadro histórico da evoluçao das lutas políticas e sociais no Brasil. “Fomos aprendendo a fazer sindicato e luta política e popular no Brasil. Ao mesmo tempo fomos formando quadros políticos e administrativos e aprendendo a fazer políticas de saúde e educação, até eleger o presidente da República. E, ao contrário da previsão das elites, nós mudamos o país, dentro dos limites da conjuntura, é claro, porque não temos maioria nem no parlamento nem na sociedade. Temos uma ampla base política e eleitoral, mas não 50% mais um. Por isso, fazemos alianças”, afirmou Dirceu.

Ele lembrou da força do poder econômico, do poder militar (que só recentemente se subordinou ao poder civil) e do poder da mídia, que se nega até mesmo a enfrentar a concorrência capitalista. “Mas isso é história, precisamos avançar. E, aliás, para avançar a CUT tem grande responsabilidade, uma vez que é preciso mais luta e mobilização”, alertou. Segundo Dirceu, a indústria brasilleira está em xeque, pois precisa dar um salto depois de o país ter patinado por 20 anos, com o desmonte do Estado e a falta de investimento em tecnologia e inovação.

O volume de investimentos dos governos de FHC não superou os R$ 10 bilhões anuais. Hoje, embora tenha atingido R$ 50 bilhões, ainda está longe dos R$ 100 bilhões necessários ao país. ” Mas o pré-sal e a mudança nos juros criarão uma nova situação no Brasil. É necessário, por outro lado, investir em creches de qualidade, já que as mulheres estão trabalhando cada vez mais.Por isso, temos a Rede Cegonha. Para a formação profissional, o Pronatec já cumpre papel importante. Temos que facilitar o acesso à cultura, ao lazer e ao esporte, que ainda são muito precários no Brasil.”

Depois da palestra de José Dirceu, foi composta a mesa política da abertura do 14º Cecut. Além de Darby Iagayara e Neuza Luzia Pinto, compuseram essa mesa a deputada Benedita da Silva, o senador Lindberg Farias, Mauricinho, presidente da CTB, além do próprio José Dirceu e Vagner Freitas.

Fotos: Nando Neves
Fonte: Imprensa CUT-RJ