CA da Petrobrás: todo cuidado é pouco

Da Imprensa da FUP

Segundo o jornal O Globo, a não aprovação imediata de Pedro Parente para a presidência da Petrobrás surpreendeu até executivos dentro da companhia. O próprio Bendine estava certo de que entregaria a carta com sua renúncia durante a reunião do CA.

Uns dizem que Parente está sendo submetido a uma avaliação de governança por conflito que possa haver pelo fato de ele ser membro do conselho de outras empresas, mas conforme diz o novo estatuto que tem base em medidas para prevenção e combate à corrupção, o teste é de integridade. Tem a ver com comportamento ético e com honestidade.

Por isso é necessário que todos saibam quem é Pedro Parente

Pedro Parente é alvo de ações de reparação de danos por improbidade administrativa que correm na 20° e 21° Varas Federais de Brasília, aonde ele e outros ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso chegaram a ser condenados a devolver aos cofres públicos mais de R$ 2 bilhões. As ações foram ajuizadas pelo Ministério Público Federal, que questionou o socorro financeiro que o Banco Central fez em dezembro de 1994 a dois bancos privados que estavam em processo de falência – Econômico e Bamerindus.

Pedro Parente, entre 2000 e 2003, fez a Petrobrás assinar contratos de parceria com o setor privado para construção de usinas termoelétricas, se comprometendo a garantir a remuneração dos investidores, mesmo que as empresas não dessem lucro. A chamada “contribuição de contingência” gerou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à Petrobrás, que se viu obrigada a assumir integralmente as termoelétricas para evitar perdas maiores. O valor das usinas, avaliadas em US$ 800 milhões, equivalia a um terço dos US$ 2,1 bilhões que a estatal teria que desembolsar para honrar as compensações garantidas aos investidores até o final dos contratos, em 2008. Tudo autorizado por Pedro Parente.

A decisão está nas mãos dos Conselheiros da Petrobrás: Luiz Nelson Guedes de Carvalho, Aldemir Bendine, Luciano Coutinho, Jerônimo Antunes, Segen Estefen, Durval José Soledade Santos, Walter Mendes de Oliveira Filho, Guilherme Affonso Ferreira e Betânia Rodrigues.

Logo saberemos quem está do lado dos trabalhadores da Petrobrás.