Apesar dos assédios da gestão e de práticas antissindicais para aprovação da proposta, a categoria petroleira não se intimidou e rejeitou por ampla maioria a terceira contraproposta da Petrobrás. Mais de 3 mil petroleiros e petroleiras avaliaram e aprovaram os indicativos da FUP e dos sindicatos, demonstrando para a Companhia sua indignação pela forma com que a Petrobrás vem tratando a categoria.
A diretoria do Sindipetro-NF ressalta novamente que as assembleias no Norte Fluminense foram históricas e agradece a categoria pela presença. Há muito tempo não se fazia uma assembleia das bases administrativas como a que ocorreu no dia 27 de agosto no Ginásio Juquinha do Tênis Clube, que ficou lotada. Para os trabalhadores em plataformas foram adotadas estratégias diferentes de assembleias, que aconteceram nos aeroportos, com a presença da direção. Os petroleiros e petroleiras dos grupos de Cabiúnas, Barra do Furado e de Campos também realizaram assembleias sempre cheias.
Agora, depois dessa demonstração de força e unidade da categoria, é necessário reabrir às negociações em busca da preservação dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras da Petrobrás, que são os verdadeiros construtores dos resultados da companhia.
Ataques da gestão
A categoria petroleira sofre o maior ataque a seus direitos em toda a história da Petrobrás. A gestão bolsonarista na companhia quer, em um só ataque, retirar mais de 50 direitos do Acordo Coletivo, além de continuar seu plano de desmonte completo da empresa, iniciado com as vendas de refinarias, dutos, plataformas e a BR Distribuidora.
Confira o resultado final:
A favor | Contra | Abstenção | |
01 – manutenção da negociação coletiva sobre os pontos divergentes | 3010 | 267 | 163 |
02 – prorrogação dos efeitos do atual acordo coletivo | 3118 | 166 | 154 |
03 – rejeição da contraproposta | 2737 | 543 | 160 |
04 – aprovação de greve em caso de ataque da companhia ao patrimônio jurídico da categoria | 2290 | 760 | 390 |