Categoria faz ato nesta terça no Torre Pituba, em defesa do teletrabalho

[Da comunicação do Sindipetro Bahia]

Sob sol e chuva, trabalhadores e trabalhadoras do setor administrativo da Petrobrás se aglutinaram na entrada do Torre Pituba, paralisando as atividades das 6h às 10h desta terça-feira (4), em uma demonstração de resistência perante o autoritarismo da empresa. O ato faz parte do movimento contra alterações no regime de teletrabalho, após a empresa decidir, de maneira unilateral, que seria necessário mais um dia presencial por semana.

O diretor do Sindipetro Bahia e vice-presidente da CUT-BA, Luciomar Machado, discursou em defesa do teletrabalho, afirmando que o regime “não significa menos trabalho, significa mais produtividade e também mais qualidade de vida”. Ele destacou que “os trabalhadores e as trabalhadoras podem organizar melhor sua vida, seu tempo com a família, uma ida ao médico ou a outros profissionais de saúde. A tecnologia está avançando e precisamos também avançar no debate sobre os regimes e as jornadas de trabalho”, defendeu.

Outras mobilizações também foram definidas na assembleia geral do dia 30 de janeiro, culminando em um grande ato no dia 7 de fevereiro, quando haverá uma reunião entre a Petrobrás e as federações petroleiras. “Quanto mais mobilizados estivermos, quanto mais unidade, mais força teremos em nosso movimento. Temos que seguir lutando para garantir nossos direitos, não pode haver uma imposição da empresa, é preciso respeito”, resumiu Luciomar.

 

Petrobrás continua agindo sem diálogo

Desde o dia 9 de janeiro, quando anunciou de maneira impositiva uma série de mudanças no regime do teletrabalho, a Petrobrás não tem dado sinais de disposição para dialogar. Após diversos atos de petroleiros e petroleiras nos escritórios da empresa, um deles com adesão histórica na frente do Edisen, no Rio de Janeiro, uma reunião foi enfim marcada para debater sobre o teletrabalho.

Para a surpresa da categoria petroleira, a reunião marcada para o dia 30 de janeiro foi cancelada de forma truculenta no mesmo dia, demonstrando desrespeito com a categoria e os sindicatos. Após um conjunto de mobilizações dos(as) trabalhadores(as), exigindo o estabelecimento do diálogo, a Petrobrás remarcou a reunião para esta sexta-feira (7), às 10h, na sede da empresa no Rio de Janeiro.