Do Boletim Nascente – O movimento sindical petroleiro aguarda para esta sexta, 15, a apresentação, pela Petrobrás, de uma proposta para a PLR da categoria. O compromisso de apresentação foi feito pela área de RH da companhia, em reunião no último dia 7 com a direção da FUP. Além de cobrar uma proposta que contemple a todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás, a Federação reitera a importância do cuidado ao calcular a relação de piso e teto para que seja valorizada a força de trabalho — assim como o uso das mesmas ferramentas adotadas na negociação do ACT, a exemplo dos termos de compromisso, para que haja a antecipação de parcela de PLR.
Na reunião, os dirigentes sindicais reafirmaram que é inadmissível o que aconteceu na empresa nos últimos anos, quando os gestores esvaziaram os fóruns de negociação coletiva e impuseram o PPP (Programa de Prêmio por Performance) de forma unilateral e com critérios individualistas e subjetivos.
A FUP tem buscado resgatar os princípios básicos do acordo de 2014-2019, que possibilitou um regramento democrático e mais equânime da PLR, com valorização dos trabalhadores de todo o Sistema Petrobrás e a garantia do pagamento, mesmo que não houvesse lucro, desde que atingidas as metas que foram coletivamente negociadas.
A proposta apresentada pela FUP para regramento das próximas PLRs retoma a vigência de cinco anos, com validade de 2023 a 2027, e uma cesta de indicadores que contemple, sem discriminação, todas as empresas do Sistema Petrobrás. As regras propostas também não estabelecem distinção para empregados com ou sem função gratificada e garantem o pagamento linear para todos os trabalhadores, inclusive, quando não houver lucro, mas os resultados forem alcançados.
O objetivo é que a PLR seja um instrumento de valorização do trabalho coletivo, com indicadores e metas transparentes, de fácil acompanhamento pela categoria, sem as subjetividades e permissividade do PPP, que foi implementado unilateralmente para se contrapor aos critérios democráticos da PLR.