Categoria petroleira reconquista adicional de gasodutos Transpetro

Após negociação da FUP e sindicatos petroleiros, entre eles o Sindipetro-NF, com a nova gestão da Transpetro, a categoria conquistou a volta do pagamento do adicional de gasodutos de forma retroativa a data da sua suspensão. O adicional e o retroativo serão pagos aos empregados que permaneceram atuando em instalações de gás os valores,  na folha de pagamento do dia 25/05/2023.

Petroleiros e petroleiras da base de Cabiúnas realizaram assembleia no dia 11 de abril, para deliberar sobre indicativo de estado de greve na luta pelo pagamento do adicional de gasodutos. Desde o ano passado a empresa vinha descumprindo o Acordo Coletivo da categoria, deixou sem pagamento um grupo de trabalhadores na unidade de cabiúnas que fazem jus ao adicional.

A negociação

Na campanha reivindicatória do ano passado, esse tema esteve em mesa, mas não avançou. A FUP vinha tentando há mais de seis anos negociar com a Transpetro um novo adicional para a faixa de dutos e terminais. No dia 20 de abril, conforme solicitação da FUP, foi realizada uma reunião com o RH da Transpetro para tratar da necessidade desse adicional para compensar a atuação diferenciada desses empregados, quanto a atuação extramuros e de forma multidisciplinar.

A nova gestão da Transpetro se mostrou aberta e assumiu, conforme documento encaminhado à representação sindical, “o compromisso de iniciar um processo negocial com objetivo de aprofundar o entendimento do pleito dos empregados e alcançar uma solução para a situação”, que culminou com a decisão de retorno do pagamento.

Para a diretoria do Sindipetro-NF essa conquista surge após anos de tentativas sem sucesso de negociação com a gestão bolsonarista, num momento em que assume uma nova direção da Transpetro comprometida em reconhecer a necessidade da categoria petroleira.

“A REconquista do adicional de gasodutos é de fundamental importância para a categoria petroleira, pois o adicional é um direito conquistado há anos e compensa as condições de trabalho adversas, as quais alguns trabalhadores estão submetidos. Como por exemplo: sem horário fixo para refeições, sem estruturas ideais para trabalho e necessidades, riscos iminentes ao traslado e localização dos pontos notáveis, etc.

O retorno do pagamento demonstra que ocorreu um grave erro por parte da empresa, além de estar ferindo uma cláusula do ACT! A multifuncionalidade e as condições de trabalho adversas fazem parte do negócio da Transpetro.

Agora é conversar e chegar a um consenso para que um novo adicional mais abrangente seja discutido, uma vez que a empresa já propôs tal mudança. Pois, mesmo com a perda de alguns ativos, outros se mantiveram e as condições de trabalho, habitualidade e multifuncionalidade também!” – concluiu a diretora do Sindipetro-NF, Déborah Simões