O Departamento de Saúde do Sindipetro-NF tem recebido muitas reclamações, da categoria petroleira, sobre a AMS, a assistência médica da Petrobrás. Na maior parte do casos as queixas são sobre a demora para autorizar exames.
“São dificuldades para autorização de exames e cirurgias, com exigências para cotação de material levando tempo excessivo”, explica a assistente social do Sindipetro-NF, Maria das Graças Alcântara.
Há reclamações também sobre a demora no trâmite para permanecer no plano após aposentadoria. “Há casos de se levar meses para regulamentar a nova condição do trabalhador para aposentado”, afirma a assistente social.
Os usuários enfrentam ainda problemas com pedidos de descredenciamento de clínicas, por falta de pagamento no repasse das faturas.
Mobilização contra precarização
Para o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, os problemas com a AMS são decorrência de uma estratégia de cortes de direitos. “Como na era FHC, eles vão precarizando o serviço até o ponto de cortá-lo, mas nós não vamos permitir isso. Vamos priorizar o tema nas comissões de RH e SMS, no Congrenf e nas mobilizações”, afirma.
De acordo com o sindicalista, além de pautar o assunto nas reuniões com a empresa, é essencial associar problemas como o da AMS ao desmonte geral da Petrobrás e do Estado brasileiro.
“Essa precarização se enfrenta é com mobilização, com as greves, com as ocupações. Enquanto não tirarmos esse governo golpista que está aí, os ataques aos trabalhadores vão continuar”, defende o diretor.
[Foto: Reprodução de cartaz em uma clínica de Macaé, que avisa aos usuários o seu descredenciamento da AMS]