O Sindipetro-NF realizou no início da manhã de hoje um novo ato de protesto contra a demissão do diretor Alessandro Trindade. A manifestação foi na entrada da base de Cabiúnas, em Macaé. Houve grande presença da diretoria e falas que denunciam a arbitrariedade da Petrobrás.
A gestão bolsonarista da companhia suspendeu o contrato de trabalho do petroleiro, abrindo processo de demissão, sob alegação de que ele liderou uma ocupação, por famílias em vulnerabilidade social, de uma área doada à empresa, em Itaguaí, no último dia 1º de Maio. Alessandro, na realidade, havia ido ao local para levar alimentos da campanha Petroleiro Solidário.
“A gente não esperava, mesmo sabendo que o atual governo é genocida, irresponsável, que reduz o auxílio emergencial, deixa o povo sem vacina. A gente a realizar atividades de solidariedade, a Petrobrás suspende meu contrato de trabalho”, diz Alessandro.
O petroleiro, no entanto, destacou que as ações de solidariedade somam mais de 6 mil cestas básicas doadas e vão continuar. “O que eu tenho a dizer a todo petroleiro é o seguinte: vamos ser solidários, vamos continuar levando comida a quem mais precisa, não é a suspensão do meu contrato de trabalho que vai interromper”, afirma.
O coordenador geral do sindicato, Tezeu Bezerra, condenou a demissão e advertiu que o sindicato manter a mobilização pela reintegração de Alessandro: “Não vamos aceitar isso quietos. Vamos fazer barulho, vamos denunciar, vamos exigir a reintegração do companheiro Alessandro”. A entidade toma todas as medidas políticas e jurídicas para que esse ato arbitrário da empresa seja revertido.