Da Imprensa da FUP – Os sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros e sua direção participaram nesta quarta-feira da reunião virtual do seu Conselho Deliberativo. Dentre os diversos pontos de pauta, a contraproposta da gestão do Sistema Petrobrás foi tema de debate.
Foi deliberado pelos presentes que os sindicatos devem realizar assembleias com suas bases de representatividade até o dia 08 de julho com o indicativo de rejeição da contraproposta e aprovação da greve com data a ser definida pela FUP e Sindicatos, caso o processo de privatização avance em Brasília com algum projeto de lei do Governo Bolsonaro no Congresso Nacional.
No mesmo dia em que a gestão bolsonarista da empresa pagava mais de R$24 bilhões de dividendos, nesta segunda-feira, 20, a gerência de RH e Relações Sindicais apresentaram uma proposta indecorosa de acordo coletivo de trabalho, onde rebaixa os salários e benefícios, oferecendo um reajuste de 5%, enquanto a inflação acumulada nos dozes meses chega aos 10,60%.
De acordo com o DIEESE, os custos com empregados em 2021 não passaram de 5,76% (R$15,1 bilhões). Enquanto os demais custos (produtos e serviços vendidos, vendas e despesas gerais e administrativas, totalizaram R$262 bilhões. Sem falar na queda brusca no número da força de trabalho dos últimos 10 anos. De 2013 até hoje, a Petrobrás apresentou uma redução de 302 mil trabalhadores próprios e terceirizados, além do desmonte da empresa e desinvestimento em manutenção e segurança.
“Diante de tantos ataques da gestão bolsonarista à empresa e aos direitos dos trabalhadores, a categoria que ama e veste com orgulho a camisa da Petrobrás está indignada e mostrará isso nas assembleias com a ampla participação e aprovação dos indicativos”, ressaltou o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar.