A centrais sindicais definiram as atividades do próximo 12, dia de luta contra a “reforma” da Previdência. Entre as atividades, ficou definido a realização de ato nacional, em Brasília, além de atividades regionais,a como a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado, que será entregue ao Congresso Nacional no dia 13 de agosto. “O abaixo-assinado é uma ferramenta importantíssima para dialogar sobre os impactos desta reforma nefasta e para ganhar mais apoio da sociedade contra a proposta que está em trâmite no Congresso Nacional”, disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Segundo ele, além da coleta de assinaturas para o abaixo-assinado e o bom diálogo com a população, é muito importante à pressão nos parlamentares em suas bases eleitorais para convencer os indecisos de que esta reforma não é boa para a classe trabalhadora e conseguir mudar votos dos deputados e das deputadas que pretendem votar a favor do projeto de Bolsonaro.
“Temos informações que o governo não tem os votos que precisa para aprovar a reforma da Previdência e por isso temos que lutar voto por voto. E este é o momento de pressionar os parlamentares nas suas bases eleitorais para que digam não a esta proposta de Bolsonaro”, acrescentou. Ele lembrou que os trabalhadores podem usar o site da CUT Na Pressão, que tem ferramentas de envio de mensagens pelas redes sociais e por e-mail para aos deputados.
Além da unidade na luta permanente contra a reforma da Previdência, os sindicalistas consideram fundamental incorporar temas como a educação e empregos na agenda de lutas. As centrais participação de nova manifestação, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em 13 de agosto, Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação e da Previdência, e da Marcha das Margaridas em 14 de agosto, também em Brasília.
Abaixo-assinado
Durante a reunião, representantes do Fórum dos Trabalhadores do Serviço Público do Estado de São Paulo entregaram 15.657 mil assinaturas de abaixo-assinado contra a PEC 6. “Dialogamos muito na base, nos grandes centros e com a população em geral dizendo que a luta só está começando e nossa avaliação é de que não podemos nos enganar com as mudanças no relatório da PEC porque serão os mais pobres que terão uma aposentadoria miserável e se conseguirem se aposentar, né?”, disse Gilberto Terra, um dos representantes do Fórum.
As centrais destacaram ainda o importante trabalho feito com os parlamentares dos partidos da minoria e partidos de centro na Câmara dos Deputados, para debater o conteúdo da reforma da Previdência e o processo de votação, durante os últimos dias.
Em nota, reafirmaram posicionamento crítico ao relatório substitutivo do deputado Samuel Moreira. “As Centrais Sindicais conclamam os trabalhadores e as trabalhadoras para o máximo esforço na atuação junto às bases dos deputados e senadores”, diz a nota.