Em junho de 2018, o custo médio da cesta básica de alimentos capaz de suprir as necessidades de uma única pessoa, no município de Macaé, conforme pesquisado pelo DIEESE em convênio com o Sindipetro NF, foi de R$ 367,77, registrando uma redução de 4,85% em relação ao mês anterior.
TABELA 1
Gasto, variações mensal e anual e tempo de trabalho necessário
Macaé-RJ – Junhode 2018
Produtos |
Quantidades |
Gasto |
Variação mensal (%) |
Tempo de trabalho |
|||
Junho 2018 |
Maio 2018 |
Mensal |
Em 12 meses |
Junho 2018 |
Maio 2018 |
||
Carne |
6 kg |
114,72 |
108,18 |
6,05 |
0,47 |
26h28m |
24h57m |
Leite |
7,5 l |
31,28 |
26,18 |
19,48 |
10,02 |
7h13m |
6h02m |
Feijão |
4,5 kg |
20,79 |
21,65 |
-3,97 |
-14,13 |
4h47m |
4h59m |
Arroz |
3 kg |
9,84 |
10,08 |
-2,38 |
-7,08 |
2h16m |
2h19m |
Farinha |
1,5 kg |
4,55 |
4,13 |
10,17 |
-3,81 |
1h03m |
0h57m |
Batata |
6 kg |
14,88 |
19,26 |
-22,74 |
-9,16 |
3h26m |
4h26m |
Tomate |
9 kg |
27,36 |
47,52 |
-42,42 |
-26,57 |
6h19m |
10h58m |
Pão |
6 kg |
61,50 |
55,50 |
10,81 |
10,22 |
14h11m |
12h48m |
Café |
600 g |
13,25 |
14,19 |
-6,62 |
-9,00 |
3h04m |
3h16m |
Banana |
7,5 dz |
29,78 |
35,03 |
-14,99 |
-18,97 |
6h52m |
8h05m |
Açúcar |
3 kg |
8,73 |
9,12 |
-4,28 |
-17,33 |
2h01m |
2h06m |
Óleo |
900 ml |
4,08 |
3,92 |
4,08 |
-3,55 |
0h56m |
0h54m |
Manteiga |
750 g |
28,01 |
32,81 |
-14,63 |
-9,67 |
6h28m |
7h34m |
Total da Cesta |
|
368,77 |
387,57 |
-4,85 |
-5,12 |
85h02m |
89h23m |
Pesquisa Nacional da Cesta Básica
Fonte: DIEESE
Na comparação mensal, entre Junho e Maio de 2018, oito dos treze produtos pesquisados apresentaram queda nos preços médios. As maiores variações foram registradas no preço do tomate(-42,42%), da batata (-22,74%), da banana (-14,99%), manteiga (-14,63%) e café (-6,62%). Os demais produtos registraram retração nos preços inferiores à 5%. Por outro lado, as variações positivas registradas no mês de junho também apresentaram resultados bem expressivo sem alguns produtos específicos. Merecem destaque o leite (19,48%), o pão (10,81%) e a farinha (10,17%).A forte queda dos preços do tomate e da batata, que explica em grande medida a queda do preço total da cesta básica de Macaé, se deve principalmente à oferta elevada da safra de inverno que possui o pico da sua colheita em meados de junho.
No acumulado em doze meses, o preço médio da cesta básica macaense registrou queda de 5,12%. Dentre os itens que apresentaram redução dos preços médios, destacaram-se o tomate (-26,57%), a banana (-18,97%) e o açúcar (-17,33%). Apenas o pão (10,22%), o leite (10,02%) e a carne (0,47%) registraram variações positivas.
Em junhode 2018, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica para o trabalhador que reside em Macaé foi de 85 horas e 2 minutos. O valor gasto com essa cesta representou 42% do salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos da Previdência Social.O custo da cesta básica de Macaé representou 82,76% do valor apurado no município do Rio de Janeiro (R$ 445,58) no mês de junho.
Olhando para o panorama nacional, o custo da cesta básica aumentou em 15 das 20 capitais em que o DIEESE realiza a pesquisa no mês de junho. As altas mais expressivas foram registradas em Cuiabá (7,54%), Recife (5,82%), Curitiba (3,84%), Belém (3,83%) e Porto Alegre (3,45%). As reduções ocorreram apenas em Campo Grande (-4,51%), Florianópolis (-3,70%), Belo Horizonte (-0,32%), Goiânia (-0,23%) e Rio de Janeiro (-0,10%). A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 452,81), seguida de São Paulo (R$ 451,63), Rio de Janeiro (R$ 445,58) e Cuiabá (R$ 425,32). Os menores valores foram observados em Salvador (R$ 333,00) e Aracaju (R$ 349,55).
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em junho de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.804,06, ou 3,99 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00. Em maio, tinha sido estimado em R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o piso mínimo do país. Em junho de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.727,19, ou 3,98 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937,00.