Cesta básica de Macaé sobe 0,27% após seis meses consecutivos de queda

Em março de 2017, o custo médio da cesta básica em Macaé registrou um aumento de 0,27% em relação a fevereiro, ao atingir R$ 388,74. Esse foi o primeiro aumento depois de uma queda de seis meses consecutivos. Em relação ao mesmo período de 2016, a cesta básica apresentou um aumento de 2,59%.

TABELA 1

Gasto, variações mensal e anual e tempo de trabalho necessário

Macaé-RJ – Março de 2017

Produtos

Quantidades

Gasto

Variação (%)

Tempo de trabalho

Março 2017

Fevereiro 2017

mensal

em 12 meses

Março 2017

Fevereiro 2017

Carne

6 kg

116,04

116,22

-0,15

-0,97

27h15m

27h17m

Leite

7,5 l

27,38

26,85

1,97

8,65

6h26m

6h18m

Feijão

4,5 kg

26,51

29,43

-9,92

24,81

6h13m

6h55m

Arroz

3 kg

10,83

10,77

0,56

11,76

2h32m

2h32m

Farinha

1,5 kg

4,71

4,68

0,64

3,29

1h07m

1h06m

Batata

6 kg

15,18

13,50

12,44

-32,17

3h34m

3h10m

Tomate

9 kg

35,01

30,96

13,08

-17,58

8h13m

7h16m

Pão

6 kg

56,58

57,18

-1,05

3,06

13h17m

13h26m

Café

600 g

13,89

13,42

3,50

30,91

3h16m

3h09m

Banana

7,5 dz

38,25

39,75

-3,77

6,01

8h59m

9h20m

Açúcar

3 kg

11,19

11,55

-3,12

13,37

2h38m

2h43m

Óleo

900 ml

4,65

4,77

-2,52

12,86

1h05m

1h07m

Manteiga

750 g

28,52

28,60

-0,28

38,38

6h42m

6h43m

Total

 

388,74

387,68

0,27

2,59

91h16m

91h01m

Pesquisa Nacional da Cesta Básica

Fonte: DIEESE

 

                                                                                                

 

Na comparação mensal, entre março de 2016 e fevereiro de 2017, seis produtos pesquisados registraram variações positivas do preço médio, sendo apenas dois deles superiores a 4%. Desse modo, a elevação do custo da cesta básica de Macaé se deveu, em grande parte, aos aumentos dos preços da batata (12,44%) e do tomate (13,08%). Interessante ressaltar que esse aumento dos preços da batata e do tomate destoam da variação dos últimos doze meses, tendo a batata sofrido uma redução de -33,17% e o tomate de -17,58 em relação a março de 2016. Essa alta atual no preço desses produtos pode ser explicada pelas chuvas, que interromperam as colheitas, e o baixo preço na safra anterior, que fez com que o produtor diminuísse o plantio, fatores que diminuem a oferta e impactam no preço. Sete itens apresentaram oscilação negativa do seu custo, entretanto, apenas o feijão apresentou queda superior a 4%, de -9,92%, a maior queda do mês . Contudo, em relação a março de 2016, o preço médio do feijão apresentou um valor 24,81% superior em março de 2017.

O custo da cesta básica de Macaé representou 90,13% do valor apurado no município do Rio de Janeiro (R$ 431,31) no mês de março. Durante este mês, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou em 20 das 27 capitais brasileiras. As maiores altas foram registradas em algumas capitais do Nordeste: Teresina (3,90%), Natal (3,54%), Recife (3,53%), São Luís (2,77%) e João Pessoa (2,59%). As retrações mais expressivas foram observadas em Rio Branco (-2,19%) e Cuiabá (-1,14%).

O trabalhador que reside em Macaé com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 91 horas e 16 minutos para adquirir os itens alimentícios que compõem uma cesta básica individual. O valor gasto com essa cesta representou, em janeiro, 45,10% do salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos da Previdência Social.

A partir da cesta básica mais cara, que neste mês foi verificada na cidade de Porto Alegre (R$ 437,22), o DIEESE calcula o Salário Mínimo Necessário, ou seja, a quantia necessária para suprir as despesas de uma família composta de quatro membros (dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme estabelece a Constituição Federal. O valor calculado para o mês de dezembro foi de R$ 3.673,09, ou 3,92 vezes o mínimo de R$ 937,00.