O Jornal O Globo publica matéria hoje sobre a mobilização de trabalhadores da P-33, que realizaram assembleia para discutir a situação de caos na plataforma.
Desde ontem, a versão online do jornal antecipava as principais informações da matéria, que os assinantes podem ler aqui na íntegra em versão digital.
Confira o texto do Globo on:
“Fiscais interditam equipamentos da plataforma P-33 e autuam Petrobras
RIO – Mais de cem petroleiros se reuniram, sábado, no Sindicato do Petroleiros do Norte Fluminense, em Macaé, para denunciar as “péssimas condições de segurança” da Plataforma P-33, onde houve uma explosão, sem feridos, em 14 de julho, revela reportagem de Cássia Almeida, publicada pelo GLOBO nesta segunda-feira. Em inspeção feita semana passada, a Superintendência Regional do Trabalho interditou filtros das unidades de compressão de gás da plataforma, o que impediria o uso do gás, segundo o diretor de Comunicação do Sindipetro, Marcos Breda:
– Os fiscais também autuaram a Petrobras pela tubulação de água para combate a incêndio fora da cor padrão, pelo indicador de pressão inoperante, pelos pisos escorregadios, pelas diversas tubulações com reparos provisórios e pelos vasos de pressão sem válvulas de segurança.
A Petrobras informou, por meio de nota, que “está cumprindo a determinação da Superintendência Regional do Trabalho do Rio, que interditou o equipamento do filtro de óleo lubrificante na plataforma P-33”.
Segundo a nota, a Petrobras discorda da decisão e diz que o equipamento dispõe de “válvula de pressão que atende à Norma Regulamentadora 30, do Ministério do Trabalho”. Segundo a companhia, a plataforma é inspecionada anualmente desde 1999, por “profissionais habilitados pelo Sistema Próprio de Inspeção de Equipamentos”. A certificação do sistema, segundo a Petrobras, está válida até 2014.
A P-33 está em operação há 11 anos e tem capacidade de produção de 63 mil barris de petróleo por dia e de 1,5 milhão de metros cúbicos de gás natural. Mas, segundo Breda, o sindicato já vem alertando a Petrobras sobre as condições precárias da P-33 e também da P-31, que colocariam em risco a vida de trabalhadores.”