Com Temer, desemprego atinge 12,6 milhões de trabalhadores

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Com nova Lei Trabalhista de Temer, as empresas abrem mais vagas de empregos SEM carteira assinada, ou seja, sem direito a férias, FGTS, INSS, seguro-desemprego

Escrito por: Marize Muniz • Da imprensa da CUT.

Arquivo

A taxa de desemprego caiu de 12,6% para 12%, em média, no trimestre de setembro a novembro em relação ao trimestre anterior, de acordo com o IBGE, mas é maior que a registrada no mesmo trimestre do ano passado (11,9%) e o que mais cresceu foi o subemprego.

O número de desempregados no Brasil de setembro a novembro foi de 12,6 milhões de pessoas. Isso representa uma queda de 4,1% em relação ao trimestre anterior (menos 543 mil pessoas). Na comparação com o mesmo período de 2016, porém, são 439 mil pessoas a mais sem emprego, um aumento de 3,6%.

O que mais cresceu foi o número de trabalhadores SEM carteira assinada, que subiu 3,8%, ou seja, mais 411 mil pessoas começaram a trabalhar nos últimos três meses SEM direito a férias, 13º, FGTS, INSS e seguro-desemprego. O número de trabalhadores SEM carteira assinada em todo o Brasil atualmente é de 11,2 milhões. 

A qualidade dos empregos gerados sempre foi a maior preocupação da direção da CUT. Ao criticar a reforma Trabalhista de Temer, que extinguiu mais de 100 itens da CLT, o presidente da CUT, Vagner Freitas, alertava: “tirar direitos não gera emprego, gera miséria”

Vagner também denunciou que o real objetivo dos golpistas com a reforma era “legalizar o bico, a informalidade e o emprego indecente para atender exigência dos empresários que financiaram o golpe em troca do aumento dos lucros”. 

“O que gera emprego”, ressalta Sérgio Nobre, secretário-Geral da CUT, “é uma política de financiamento  sólida para o setor privado, investimentos pesados em infraestrutura”.

Segundo ele, “só com uma política de investimentos em máquinas, ciências, tecnologia e educação o país voltará a crescer”.

A vice-presidente da CUT, Carmen Foro, completa: “em momentos de crise econômica, o país nunca gerou vagas de trabalho reduzindo gastos públicos, em especial com saúde e educação como o golpista está fazendo desde que assumiu, e restringindo ou acabando com políticas sociais”.

Os números de trabalhadores com carteira assinada e por conta própria ficaram estáveis se comparados ao período anterior (de junho a agosto): 33,2 milhões de pessoas com careira assinada e 23 milhões por conta própria. 

Os dados do desemprego divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

Rendimento

O rendimento real (já descontada a inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.142. Segundo o IBGE, o valor teve estabilidade em relação ao trimestre anterior, de junho a agosto (R$ 2.122), e também quando comparado com o mesmo período de 2.016 (R$ 2.087).