Comisão de Anistia da FUP realiza audiência pública com a CEI

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Do Primeira Mão – No último dia 14, os representantes da FUP na Comissão Paritária de Anistia da Petrobrás participaram de audiência com os integrantes da Comissão Especial Interministerial que é responsável pela análise e deferimento dos processos de anistia dos ex-trabalhadores do Sistema que lutam pelo retorno aos quadros da empresa. Cerca de 150 anistiados e anistiandos acompanharam a audiência, onde o diretor da FUP Abílio Tozini, coordenador da bancada dos trabalhadores na Comissão Paritária da Petrobrás, reiterou as reivindicações históricas da categoria. Veja os vídeos com a cobertura da audiência, acessando: http://www.nossaanistia.org/2014/11/cei-na-petrobras.html

Para gestores da Petrobrás, tem trabalhador sobrando na empresa

Descumprimento da cláusula 96 e da NR-20 comprometem debate sobre efetivos

Após mais de uma década descumprindo a cláusula 96 do Acordo Coletivo que garante um fórum de negociação permanente com a FUP para tratar de efetivos, a Petrobrás, finalmente, realizou no último dia 14 o primeiro debate com as representações sindicais. Mas, apesar das ocorrências diárias de acidentes e incidentes, sinalizarem a urgência de uma recomposição estrutural de efetivos, os gestores continuam insistindo em pintar para os trabalhadores um cenário de Alice-no-país-das-maravilhas.
Para a Petrobrás, tem trabalhador sobrando na empresa. Pelo menos foi essa a impressão que as gerências executivas deixaram nas apresentações que fizeram. sobre PIDV, Mobiliza e Plafort. No entanto, na audiência do dia 18 no TST sobre RMNR, o RH da Petrobrás apresentou uma planilha com valores exorbitantes de horas extras pagas aos trabalhadores, comprovando que há déficit, sim, de efetivos na empresa.
Desrespeito da NR-20 – A Norma determina que o “empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das tarefas operacionais com segurança”. A NR-20 também prevê que “os critérios e parâmetros adotados para o dimensionamento do efetivo de trabalhadores devem estar documentados”. Os gestores da Petrobrá, no entanto, descumprem expressamente Norma.

A FUP tornou a denunciar o fato à presidenta Graça Foster, no último dia 21, reiterando que o PIDV e demais programas de reestruturação de efetivos foram impostos sem qualquer discussão com a representação sindical. A Federação também cobrou a suspensão imediata do PIDV, do Mobiliza e do Plafort. A próxima reunião do Fórum de Efetivos será no primeiro trimestre de 2015.

Após 71 dias internado, morre petroleiro vítima de explosão na Revap

Com queimaduras em mais da metade do corpo, o técnico de operações da Revap (São José dos Campos), Luis Beloni, 58 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos e faleceu na sexta-feira, 21, após ficar 71 dias internado. Beloni era trabalhador próprio da Petrobrás e foi vítima de uma explosão no dia 11 de setembro, onde outros cinco petroleiros também foram feridos: um próprio e quatro terceirizados. Segundo apurou na época o Sindipetro São José dos Campos, a explosão na Revap teria sido causada por vazamento de GLP no parque das esferas, durante uma troca de válvula.
Essa é a décima quinta morte este ano em acidentes de trabalho no Sistema Petrobrás, segundo dados dos sindicatos. Entre as vítimas, 12 eram trabalhadores terceirizados e três, próprios. Desde 1995, quando a FUP passou a catalogar os registros de acidentes fatais recebidos, já contabilizamos 344 óbitos, dos quais 280 com prestadores de serviço e 64 com trabalhadores próprios. Há duas décadas, a FUP vem cobrando uma política efetiva de prevenção de acidentes, primeirização das atividades-fim com recomposição dos efetivos e igualdade de condições de trabalho para os terceirizados. Enquanto os gestores da Petrobrás continuarem ignorando as reivindicações dos trabalhadores e descumprindo acordos, não conseguiremos estancar essa sangria.

Explosão sem vitimas em Sergipe

A insegurança na Petrobrás causou mais um acidente grave na empresa. Desta vez, por sorte, não houve vítimas. A explosão aconteceu no último dia 16, em Sergipe, no trecho do gasoduto que liga a estação de Robalo a Carmópolis, área de produção terrestre. Em nota à imprensa, a Petrobrás informou que não houve vítimas e que o fogo foi controlado pela Brigada de Incêndio e “pelo isolamento do fluxo de gás”.

“Golpe destamparia a revolta popular”

João Pedro Stédile afirmou em entrevista recente ao Portal de Notícias Brasil 247 que “os partidos da direita sabem que a tentativa de um golpe seria destampar a caixa de pandora da revolta popular e isso é muito perigoso”. Para ele, “a mídia no Brasil é o principal partido ideológico da direita”. Stédile não vê um movimento golpista no país e sim a mídia atuando forte para “ manter o governo acuado, com medo de fazer mudanças”.
Sobre a tentativa de alguns setores discutirem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ele considera um movimento “absolutamente antidemocrático, de quem não se conforma com a vontade da maioria do povo”.
– Alegar que ela tinha conhecimento de fatos de corrupção em empresas estatais é simplesmente fantasioso. Os fatos que vieram à tona na Petrobrás estão sendo perpetuados há 15 anos, segundo a Procuradoria-Geral da República, portanto, iniciaram no governo FHC. Por outro lado, há denúncias de corrupção no governo FHC e em muitos governos estaduais e municipais, e não tenho notícias de algum pedido de impeachment .
O líder do MST reforça as cobranças da FUP de que os casos de corrupção sejam investigados à exaustão e punidos exemplarmente.
– Todos os que cometeram algum delito devem pagar por eles. É preciso que a sociedade se dê conta que a corrupção é um modo de agir permanente no capitalismo, em que as empresas e seus políticos procuram se apropriar de recursos públicos. Por isso, sempre existiu corrupção neste país. E a única forma de combatê-los, não é apenas usar a Polícia Federal, porque é impossível controlar. A forma de combatê-la é aprofundar mecanismos de participação popular na gestão pública, em que povo tenha mais informações e instrumentos para acompanhar. Enquanto a administração pública for apenas um privilégio de algumas pessoas, partidos e empresas, sempre haverá corrupção em todos os partidos que chegarem ao governo, seja federal, estadual e municipal.
Stédile considera urgente a convocação de uma Constituinte Exclusiva para fazer a reforma política. “O Congresso brasileiro infelizmente tem se revelado um balcão de negócios. O financiamento privado das campanhas deformou sua representação em relação à sociedade. Apenas dez empresas elegeram 70% dos parlamentares nestas eleições. O Congresso e a democracia brasileira foram sequestrados pelas empresas. Recolhemos quase 8 milhões de votos de eleitores, exigindo a convocação de uma assembleia constituinte. Espero que os poderes da República entendam esse recado. A presidenta Dilma parece que entendeu”. Leia a íntegra da entrevista no portal da FUP.

FUP e sindicatos realizam I Seminário Nacional de Comunicação Petroleira

A FUP realizará nos dias 27 e 28 de novembro o seu I Seminário Nacional de Comunicação, que contará com a participação de jornalistas, profissionais de comunicação e dirigentes da entidade e de seus sindicatos filiados. O objetivo é discutir um Plano Integrado de Comunicação e a instalação do Coletivo Nacional de Comunicação Petroleira.
“Também queremos ampliar nossa participação na disputa por espaços concretos de interlocução com a sociedade, através de canais alternativos de informação que sirvam de contraponto à visão hegemônica da mídia comercial”, ressalta um dos diretores de Comunicação da FUP, Francisco José de Oliveira. O seminário será realizado no Rio de Janeiro.
Entre os palestrantes convidados para contribuir com os debates, já confirmaram presença José Reinaldo (editor do Portal Vermelho), Nilton Viana (editor do Brasil de Fato), Paulo Salvador (coordenador da Rede Brasil Atual), Juan Pessoa (diretor da MPI Comunicação Digital), Brunna Rosa (da Coordenação do blogue Muda Mais), Alex Capuano (coordenador de mídias sociais da CUT nacional), Cláudia Santiago (jornalista do Núcleo Piratininga de Comunicação/NPC), Vera Lúcia Gebrim (diretoria Técnica de Pesquisas Sindicais do Dieese) e Bruno Cruz (diretor da Federação Nacional dos Jornalistas).