O Sindipetro-NF chama atenção de todos os companheiros embarcados nesse momento para as mentiras que estão sendo lançadas pela Companhia, na tentativa de implodir nosso movimento. A empresa está realizando videoconferências onde só há transmissão de imagens e os trabalhadores não tem direito de perguntar nada. Ela passa a posição dela e a categoria tem que ficar muda, só ouvindo.
Nessas transmissões a Petrobrás está mentindo. Diz que sempre esteve aberta à negociação, mas desde o dia 5 de maio quando começamos a negociar eles não apresentaram nenhuma proposta que contemplasse nossas reivindicações.
Os trabalhadores realizaram diversos movimentos de não emissão de PTs, inclusive nas últimas duas semanas seguidas com adesão total das plataformas e o diretor Guilherme Estrella vem a público dizer que foi surpreendido pelo movimento. Falou oito minutos e sumiu do circuito, novamente num total descaso com as revindicações da categoria.
É desrespeito atrás de desrespeito com os trabalhadores embarcados!
Demos o prazo do dia 4 de julho para a Petrobras formalizar uma proposta, ela adiou para 8 de julho, no meio do nosso movimento de 72 horas, o Sindicato se reuniu com a empresa e novamente não apresentou proposta, tentando nos enrolar. Só quando a Companhia percebeu que não voltaríamos atrás em deliberação do seminário da categoria de que só negociaríamos após a greve começada, é que na quinta-feira, 10, apresentaram uma proposta que não atende à nossas reivindicações.
Se a Petrobrás não tem palavra, nós temos! Afirmamos aos companheiros da Bacia de Campos que só vamos analisar a proposta com a greve iniciada e é isso que será feito. Não podemos mais aceitar essa lógica da empresa de não acatar nossos prazos e às vésperas de nossos movimentos apresentarem uma proposta nova, num passe de mágica.
É hora de exigir respeito! Os trabalhadores das unidades marítimas da Bacia de Campos vão à luta pelos seus direitos e não se deixam intimidar.
A Petrobrás está embarcando equipes de contingência para tomar as plataformas das mãos dos trabalhadores. Grupos formados por vários companheiros que já estiveram em diversas lutas da categoria, como nas greves de 94 e 95, e que tiveram anistiadas todas as suas punições estão sendo enviados pela empresa para furar a nossa greve. Esses companheiros devem refletir sobre a sua atitude agora, a luta pelo Dia de Desembarque faz parte da vida de muitos deles.
O dia do desembarque é um pleito antigo dos trabalhadores. A Petrobrás comprometeu-se a discutir a questão no âmbito da Comissão de Regimes em 2005, mas não o fez. Em dezembro de 2007, durante o fechamento das negociações do ACT assegurou que a solução seria encontrada em 60 dias e até agora não cumpriu seus compromissos. Os trabalhadores realizam desde o dia 5 de maio mobilizações pela solução desta pendência, mas ao que parece não chamaram a atenção da alta gerência da Petrobrás.
Companheiros, a greve com controle de produção nas mãos dos trabalhadores vai começar à zero hora do dia 14, não se deixem intimidar! Quanto mais plataformas estiverem no movimento, nossa greve sai fortalecida e sairemos vitoriosos. Contamos com todos vocês.
Quem informa à categoria é o sindicato !
Webrádio: mms://wms1.netpoint.com.br/sindipetronf
Site do NF: www.sindipetronf.org.br
Site da FUP: www.fup.org.br
Macaé, 13 de julho de 2008.
Diretoria Executiva do Sindipetro-NF