170 delegadas e delegados estiveram reunidos na Praia Grande, para a eleição da nova direção da entidade
A priorização e o compromisso com a unidade na luta pelas causas que afetam diretamente as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros, com a defesa democracia, com a resistência contra o avanço da ultradireita e com a continuidade do trabalho coletivo de fortalecimento do Ramo Químico deram o tom nas intervenções de saudação aos 170 delegados e delegadas que participaram da abertura oficial do 10º Congresso CNQ-CUT.
Atual presidente da entidade, que vai renovar sua direção para a gestão 2025-2029, Geralcino Teixeira destacou o simbolismo na presença de lideranças trabalhadoras de 49 sindicatos, de 16 estados brasileiros, quatro anos após a realização do último congresso da confederação, quando, em razão da pandemia da covid-19, a atividade precisou ser realizada online. Além disso, a conjuntura política era outra: o poder era oficialmente ocupado por um presidente fascista e negacionista.
Permanece a disputa política e da capacidade de convencimento e diálogo com as trabalhadoras e trabalhadores, sob circunstâncias inéditas, que dificultam avanços de um programa popular, a despeito dos esforços do Governo Lula e de circunstâncias macroeconômicas relativamente favoráveis.
Encerrando contundentes contribuições das convidadas e dos convidados que compuseram a Mesa de Abertura, Geralcino pontuou às delegadas e aos delegados que, para além do debate sobre as relações de trabalho do Ramo Químico e da construção de políticas industriais comprometidas com o trabalho digno, é de importância equivalente o engajamento de todo o movimento sindical com pautas como a redução da jornada de trabalho.
“Essa é uma luta histórica da classe trabalhadora e, por mais que o fim da escala 6×1 não afete tanto os trabalhadores do Ramo, dialoga de forma substancial com uma multidão de trabalhadoras e trabalhadores do comércio, em sua maioridade mulheres e jovens, que estão no centro dessa disputa política maior”, destacou.
Em viagem oficial para o Japão, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, foi representado pelo Superintende Regional do Trabalho em São Paulo, Marcos Alves, que destacou a relevância da categoria química na organização da classe trabalhadora e compartilhou com a plenária sobre os esforços para a reestruturação da pasta, deliberadamente sucateada pelo governo anterior.
Secretária de Relações Internacionais da CNQ, Lu Varjão participou na condição de vice-presidente da IndustriAll Global Union para a América Latina e Caribe. Aroaldo Silva, pela presidência da IndustriAll Brasil.
Ainda compuseram a mesa as federações filiadas à CNQ: Airton Cano (Fetquim), Cibele Vieira (FUP), Luismar Sousa (FITEM), Jorge Pinho (Fetraquim-RJ) e Anthony Dantas (Fed. Papel).
Nova direção
O 10º Congresso do Ramo da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) elegeu a Chapa Única da entidade para a gestão 2025-2029. A posse com a presença do dirigente da FEM-CUT/SP acontece na sexta-feira (29).
Geralcino Teixeira, dirigente dos @quimicosp, foi reconduzido à Presidência da Confederação. No discurso de posse, o sindicalista agradeceu a todos os que deixaram, os que permanecem e os que chegam à direção da CNQ, compartilhando com muitas companheiras e muitos companheiros o crescimento do Ramo Químico nos últimos quatro anos.
A direção é formada por 40 dirigentes – 15 delas mulheres (37,5%) na nova gestão. Antônio Carlos Bahia segue representando os petroleiros do Norte Fluminense na direção da CNQ.