COMUNICADO DE GREVE: Petroleiros entram em greve em todo país, a qualquer momento, a partir do dia 17

Quarenta e duas plataformas da Bacia de Campos realizaram assembleias convocadas pelo Sindipetro-NF, desde domingo, 13. Desse total, 39 plataformas aprovaram a realização de uma greve com parada de produção, entrega da unidade aos prepostos da empresa e desembarque dos trabalhadores a qualquer momento, partir do dia 17 de outubro.

Na segunda, 14, o Sindipetro-NF protocolou o comunicado de greve à Petrobrás, Transpetro e ao Ministério Público do Trabalho. Além das plataformas, as bases de terra também participarão do movimento. Haverão manifestações surpresa e no terminal de Cabiúnas haverá corte de rendição dos turnos, ou seja, os trabalhadores que chegam para trabalhar no turno não entram no terminal.

O que motivou essa greve foi uma proposta rebaixada de Acordo Coletivo e de pagamento de Participação nos Lucros e Resultados Futura, apresentadas pela Petrobrás no último dia 7. Além de uma nova proposta de Acordo Coletivo, os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, que está previsto para acontecer no próximo dia 21, e a retirada do Projeto de Lei 4330, que trata da regulamentação da terceirização e aguarda votação na Câmara dos Deputados.  

Desde o dia 02, os petroleiros estão acampados junto com os movimentos sociais, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pressionando o governo a cancelar a licitação do Campo de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos. No dia do  início da greve, haverá mais uma grande manifestação nacional contra o leilão de Libra, com marchas e mobilizações em vários estados do país.

Outro ponto é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora. Soma-se a isso a luta por avanços na campanha reivindicatória, que mobiliza a categoria há dois meses, sem avanços por parte da Petrobrás.

O Sindipetro-NF e a Federação Única dos Petroleiros (entidade que representa os sindicatos petroleiros do país)  tentaram por vários anos um acordo com a Petrobrás para regulamentar a greve, mas a empresa não aceita negociar produção mínima de óleo e gás. A diretoria do sindicato reafirma que tem todo interesse em atender as necessidades inadiáveis da população e que está aberta a essa negociação com a empresa.
 
 Diretoria Colegiada do Sindipetro-NF