Confira os assuntos discutidos entre o NF e a gerência do Tecab

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                Os petroleiros de base de Cabiúnas, em Macaé, estão realizando reuniões setoriais com diretores do Sindipetro-NF para discutir os desdobramentos das reivindicações da categoria, após a realização de reunião com gerências da empresa na última segunda, 24. Confira, abaixo, um resumo dos pontos discutidos entre o sindicato e o os representantes da Transpetro:

Alimentação no Terminal

                O sindicato relacionou os problemas de baixa qualidade, higiene, quantidade, variedade e de infra-estrutura, destacando que não são problemas novos. Os problemas foram reconhecidos pelo gerente do DFA (Departamento  Financeiro e Administrativo), que afirmou estar tomando ações de uma lista de mais de cinquenta itens entregue ao sindicato, faltando apenas solução para a instalação de água quente na cozinha.

                Foi reconhecido que, ainda assim, precisam realizar o que chamou de “mudanças estruturais”,  sem detalhar quais seriam estas alterações. E para as “mudanças estruturais”, seria necessário, segundo a empresa,  um prazo até 10 de janeiro.  O sindicato questionou a afirmação feita sem apresentar quais as medidas seriam adotadas e cobrou o fato, já revelado em reuniões da CIPA, de que o restaurante não tem capacidade para a demanda do terminal. Para o sindicato, a Transpetro teria que apontar claramente quais providências vão adotar para corrigir o serviço prestado e  para adequar a infra-estrutura oferecida para o serviço.

                Além disso, o sindicato cobrou solução para o problema da falta de variedade e baixa qualidade da alimentação, especialmente na ceia e nos lanches que são levados às copas das áreas. A entidade propôs que o gerente ouça a opinião dos trabalhadores sobre o assunto. A empresa se dispôs a implantar um processo usado em outra base que apura, através de sistemática do DFA, essa opinião para mudar a alimentação nesses dois casos.

                O sindicato também citou uma demanda dos trabalhadores de implantação do vale alimentação e relacionou essa reivindicação aos problemas de alimentação no terminal. O representante do RH informou que a administração da Transpetro não trabalha com essa hipótese nos locais onde há restaurante.

                Outro item da pauta relacionado à alimentação foi o corte do café da manhã dos trabalhadores terceirizados. O sindicato, mesmo não tendo a representação sindical desses trabalhadores, manifestou a insatisfação geral que esse corte provocou e solicitou o retorno do fornecimento. A empresa alegou que o descritivo das licitações, por força do controle do TCU e do MPU, não podiam mais fazer referência a benefícios, limitando-se a definir a prestação do serviço, e esse fato provocou o corte. O sindicato insistiu na importância do tema, mas os representantes da empresa continuaram afirmando que não têm autonomia ou gestão sobre a situação.

 

Pagamento HE com ATN para a Manutenção

                Os representantes do RH asseguraram que já está resolvida, no sistema, a forma de pagar as horas extras considerando o ATN para o administrativo, quando ocorrem no período noturno. Também afirmaram que o passivo desde setembro de 2013 está previsto para pagamento em 20 de dezembro.

                O sindicato apurou que, apesar do sistema prever o pagamento, os supervisores não estariam orientados para a forma de confirmar no sistema o pagamento diferenciado. Os representantes se comprometeram a garantir que essa orientação vai ser realizada imediatamente.

 

Isolamento do CIC

                O sindicato criticou a divisão entre o CIC e a área,  o que sempre foi contrário e que, agora, fica agravada com a sequência  de ações no terminal, em especial no CIC, que geram isolamento e insatisfação. O gerente geral do terminal comprometeu-se com a volta do uso de celular com restrição apenas para portá-los nas áreas industriais, restrição que é usual nesses locais. Comprometeu-se também com a liberação das ligações externas nos locais onde antes   havia essa liberação.

                Sobre a câmera no CIC que está causando constrangimento por quase dois meses ele afirmou que não está funcionando. O sindicato propôs colocar um plástico preto na câmera de imediato e retirá-la em seguida. O gerente não aceitou a proposta e preferiu apurar com a engenharia (que instalou a câmera no local) o que motivou a instalação para só então definir sua retirada.

                Sobre o acesso a internet o sindicato alegou que outras salas de controle do sistema em plataformas e no C.C.O da Transpetro não há limitação de tempo e os acessos são feitos no computador em frente ao operador. Citou também que o ACT garante esse acesso para os trabalhadores.  Nesse ponto o gerente não concordou com as reivindicações, alegando que gera distração, e propôs apenas a criação de mais um posto de acesso no local que hoje existe apenas um.

 

Ponto no CIC e Passagem de serviço

                O sindicato mais uma vez criticou as mudanças feitas no local do ponto no terminal que saiu da catraca e ficou concentrado em um local e depois foi deslocado para o centro do terminal próximo ao CIC, deixando claro que para o sindicato essas mudanças foram realizadas para mascarar o tempo de troca de turma. Criticou também os riscos para o controle de acesso de pessoas que pode servir de oportunidade para pessoas mal intencionadas.

                Em relação à troca de turma, o sindicato informou que fez orientação aos trabalhadores para realizarem a passagem e higienização da forma correta sem considerar os prazos estipulados que acabam forçando a cumprir o tempo de troca.

                Nesse ponto não houve avanços pois o gerente alegou que avalia que a troca melhorou com as mudanças, que não recebe reclamações relacionadas a este assunto e limitou-se a convidar o sindicato para acompanhar internamente a passagem de serviço.

 

Banheiros e Vestiários

                O sindicato questionou o cumprimento da NR-24 na quantidade de sanitários e chuveiros no terminal e criticou o estado de limpeza e conservação dos banheiros e vestiários. Os representantes da empresa negaram que haja descumprimento da norma e reconheceram que identificaram a necessidade de melhorias nas condições de limpeza. Disseram que já alteraram o horário de uma pessoa da limpeza e passaram a lavar os banheiros nos fins de semana.

                Ficou estabelecida uma fiscalização do sindicato com profissional da área de saúde nos banheiros e vestiários do terminal . A data da fiscalização será agendada em breve.

 

Cálculo do Abono

                O sindicato cobrou os motivos para o erro grosseiro que ocorreu no simulador do abono quando do fechamento do ACT. O representante do RH explicou que de fato houve erro na base do cálculo. Foi usada a mesma base do ano anterior que considerou a remuneração do empregado e não a RMNR como ficou definido no acordo deste ano. As maiores diferenças de valores ocorrerem para os trabalhadores em regimes especiais e com mais anos de empresa. O sindicato criticou que a empresa não tenha emitido uma nota de desculpas pelos transtornos.

 

Brigada

                O sindicato questionou a adequação da brigada do terminal à norma que dimensiona a brigada e estabelece diversas exigências de composição e treinamento. O representante do SMS afirmou que cumprem a NBR e convidou o sindicato a realizar uma verificação dessa adequação em data a ser agendada com profissional da área, sindicalista, e o Gerente de SMS do Sul/Sudeste.

                O sindicato também fez críticas à falta de treinamento/reciclagem de combate a incêndio para todos os trabalhadores independente de comporem a brigada. A empresa disse que essa prática está retornando para o cumprir a nova NR-20.

 

EPI

                Um email trocado entre o GG e o responsável pelo SMS gerou crítica dos dirigentes sindicais por dar a entender que quem perder seu EPI vai trabalhar sem o equipamento. O texto escrito pelo GG do terminal foi afixado no local de fornecimento de EPI´s. O GG tentou explicar que não foi essa a intenção do documento e o sindicato solicitou que o gerente se manifeste para a força de trabalho sobre o conteúdo do email que se tornou público.