Da Imprensa da FUP
Nas bases da FUP todas as 11 refinarias estão em greve (Reman, Clara Camarão, Lubnor, Abreu e Lima, Rlam, Reduc, Regap, Replan, Recap, Repar e Refap). Também estão na greve a SIX e Fafen-PR, assim como todos os terminais da Transpetro no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, na Bahia, no Espírito Santo, em Duque de Caxias, Amazonas, Ceará, Pernambuco, além de Guararema, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul.
Na área de Exploração e Produção de petróleo, aderiram à greve 48 plataformas da Bacia de Campos, 06 plataformas no Ceará, 02 plataformas no Espírito Santo, além dos campos de produção terrestre na Bahia, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Somam-se a essas, as unidades de tratamento e processamento de gás natural (ES, RN e CE), as usinas de biodíesel (MG, BA e CE) e as termoelétricas (Duque de Caxias, CE, MG, MS, RS, BA, RN).
Impacto na produção
Na Bacia de Campos, as principais plataformas seguem paradas. Com isso, 25% da produção nacional de petróleo foi reduzida.
Na Bahia, o sindicato estima que metade da produção do estado foi paralisada pela greve. No Rio Grande do Norte, as 13 plataforma que estão paradas já reduziram em 50% a produção de óleo. No Ceará, a greve afetou em 87% a produção de óleo e em 94% a de gás, segundo levantamento do sindicato.
Na Reduc (Duque de Caxias) e na Replan (Campinas), duas das maiores refinarias do país, a produção de coque já começa a ser afetada. Segundo o Sindipetro Caxias, o carregamento de coque e a entrega de produtos químicos na Reduc estão parados, o que gera um prejuízo de mais de R$ 1 milhão por dia à Petrobrás.
Na Fafen-PR, deixaram de ser produzidos diariamente 2 mil toneladas de uréia, 1.350 toneladas de amônia e 1.680 toneladas de ARLA32 (catalisador para caminhões a diesel), desde a parada da unidade, ao meio dia de segunda-feira (02). Segundo o sindicato, o impacto é de R$ 2 milhões por dia.
Contingências colocam em risco unidades
A Recap, que está sob o controle de equipe de contingência despreparada tecnicamente e insuficiente em número de trabalhador, passou por uma situação de emergência na terça-feira (03), que poderia ter resultado em graves consequências. A unidade de HDT parou, impactando em 50% o refino, após o rompimento de uma solda na saída do reator. Houve vazamento de uma mistura tóxica e com alto risco de incêndio e explosão e a unidade teve que ser retirada de operação.
Acidente semelhante ocorreu na Lubnor (CE), na quarta-feira (04), quando a linha de hidrocarboneto da Unidade de Vácuo (UVAC) também rompeu, quando era operada pela equipe de contingência.
[Foto: Agência Abridor de Lata]