Terminou a poucos instantes o 9o Congrenf – Congresso Regional dos Petroleiro do Norte Fluminense sob o tílulo “A crise e os desafios dos trabalhadores na indústria do petróleo”. Durante quatro dias os petroleiros debateram temas relacionados a Petrobrás 100% pública, a reforma da Lei 5811, Saúde e Segurança e as reivindicações dos petroleiros da Bacia de Campos para o Acordo Coletivo do Sistema Petrobrás.
Após o debate dessas propostas que serão levada à IV Plenafup, que acontece de 6 a 9 de junho em Caruaru/PE, foram aprovadas moções e resoluções que podem ser lidas abaixo e eleitos os delegados do NF à plenária.
Delegados eleitos:
Thiago Magnus
Vitor Carvalho
Marcos Breda
Gedson Almeida
Vitor Pádua
Leonardo da Silva Ferreira (P-18)
Flávio de Carvalho Borges (P-19)
Rômulo Alves de Oliveira (P-20)
Wilson Roberto Fernandes dos Santos – (PVM-1)
Sergio Augusto Muniz Mangueira (PVM-2)
Marluzio Dantas (PGP-1)
Luiz Alves – Aposentado
Cláudio Marques – Aposentado
Ilma de Souza – Parque de Tubos
Conceição de Maria – Imbetiba
Fábio Gimenez – Imbetiba
Pedro V Boas Souza – Cabiúnas
Fabiano de Almeida Alves – Cabiúnas
Ismael Basílio – Cabiunas
Moções de Repúdio
1) Repúdio ao Governador Sérgio Cabral pela truculência e autoritarismo da sua política governamental contra os movimentos sociais e sindicais, mais notoriamente expressa, nos episódios de repressão aos Professores, Bombeiros, Médicos e, recentemente, na brutal expulsão dos índios da aldeia Maracanã. Esses lamentáveis acontecimentos históricos configuram o estabelecimento de uma forma ditatorial na política executiva do estado.
2) Repúdio à presidente da Petrobrás, Graça Foster, por implementar programas de ataque à classe operária com seus projetos de precarização (PROEF, PROCOP) travestidos de otimização de recursos econômicos nas empresas do sistema, assumindo uma cultura de desprezo à manutenção preventiva, abandono de unidades marítimas, refinarias, terminais, e redução de efetivo, com consequências lógicas de intensificação do flagelo ao trabalhador.
3) Repúdio ao gerente geral do Terminal de Cabiúnas, Paulo Nolasco, que implementa uma política cotidiana de assédio e terrorismo aos Trabalhadores, com histórico de demissão, punições, e um esdrúxulo episódio de ataque à organização dos trabalhadores, na iminência de movimento paredista, onde foi utilizada coerção, com poder de armas de fogo.
4) Repúdio à atual estrutura de transporte aéreo da Bacia de Campos, onde em média a cada 20 meses ocorrem quedas de aeronaves subestimadas pelos seus gestores, como “pousos forçados / controlados”, desprezando as vidas ceifadas, bem como os traumas psicológicos nos sobreviventes e com reflexos nos demais usuários do nefasto sistema. Esses mesmos gerentes fecham os olhos para as péssimas instalações aeroportuárias oferecidas aos trabalhadores com terminais improvisados desrespeitando inúmeras leis, normas e até o princípio da dignidade humana.
5)Repúdio ao governo pela política entreguista de reservas energéticas estratégicas, exemplificada pelos leilões de petróleo realizados pela ANP, e planejados pelo Ministério das Minas e Energia, que atentam contra a segurança e autodeterminação do povo brasileiro.
Moção de Solidariedade
1) Apoio a greve nacional dos professores, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, contra o descumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional, iniciada no dia 23 de abril, e que permanece bravamente com a resistência dos professores, nos estados do Mato Grosso, do Maranhão e de São Paulo. Os petroleiros entendem ser imperativa a valorização da educação e dos docentes, pela sociedade e os poderes constituídos. Neste sentido, manifestamos todo apoio e solidariedade classista aos combativos professores!
Moção de apoio
1) Nós, trabalhadores de Cabiúnas/Transpetro, reivindicamos que a FUP negocie a equiparação definitiva entre os acordos coletivos de trabalho do Sistema Petrobrás.
Moção de aplauso
2) Reconhecimento e homenagem ao companheiro, ex-diretor do RJ-FUP, Jose Celso de Araújo pelo trabalho em prol dos trabalhadores.
Resoluções
1) Considerando que:
– No dia 4 de maio completa-se um ano da demissão política da companheira Ana Paula Aramuni;
– Que há a possibilidade de demissão de trabalhadores em função do derramamento de óleo no Terminal de São Sebastião;
– Que há plano para a privatização do Terminal de Alemoa;
Os petroleiros reunidos no IX CONGRENF resolvem:
– Cumprir o calendário apresentado pela direção do Sindipetro-NF contra a política da Transpetro exigindo:
* Reintegração de Ana Paula Aramuni!, dos demitidos da ELFE e demais demitidos políticos do Sistema Petrobras.
* Nenhuma demissão em função de acidentes decorrentes da má gestão!
* Não ao leilão do Terminal de Alemoa!
* Cumprir o calendário do fórum dos movimentos sociais da Campanha “O Petróleo tem que ser nosso” e contra os leilões
2) Realizar Seminário de Mobilização e Qualificação de Greve na semana de 22 a 26 de julho