Congresso da CUT termina nesta sexta, com eleição da primeira diretoria paritária

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

O 12º Congresso da CUT reúne desde terça-feira, 13, em São Paulo, 2.461 delegados de todo o Brasil e 208 representantes de 72 países, em meio a uma conjuntura política extremamente acirrada, em que os setores reacionários pressionam pelo retrocesso e têm ampla presença na mídia, no Judiciário e no Poder Legislativo. O congresso foi aberto com um discurso contundente da presidente Dilma Rousseff, que rechaçou as tentativas de golpe contra o seu governo. 

“Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?”, desafiou a presidente, alertando que, além da democracia brasileira, o que está em risco é o projeto que ela representa. “Eu represento a soberania nacional do pré-sal, a defesa dos 30% e do conteúdo nacional, o mais longo período de distribuição de renda, de inclusão social e de redução das desigualdades”, afirmou Dilma.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, que deverá ser reeleito para mais um mandato, criticou o ajuste fiscal, cujo receituário neoliberal de cortes e redução de investimentos não deu certo em nenhum país onde foi aplicado, e reiterou que a classe trabalhadora está pronta para enfrentar os golpistas e também para impedir ataques a direitos e conquistas. O 12º Concut contou ainda com a participação do ex-presidente Lula e do atual senador e ex-presidente do Uruguai, Jose Pepe Mujica.

O Congresso termina nesta sexta-feira, 15, com a eleição da nova diretoria, que pela primeira vez na história, terá paridade entre homens e mulheres. Os delegados também aprovarão uma proposta de política econômica desenvolvimentista que será encaminhada à presidente Dilma.

Camponeses consolidam aliança por soberania alimentar

Com o tema “Plano Camponês, Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar”, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) realizou em São Bernardo do Campo o seu I Congresso Nacional. Mais de quatro mil camponeses de 19 estados do país, além de delegações internacionais, participaram dos debates, que tiveram início no dia 12 e prosseguem até esta sexta-feira, 16. O terceiro dia do Congresso foi marcado por um ato político em defesa da soberania alimentar, que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, que recebeu as propostas do MPA para fortalecer a agricultura familiar e um modelo de produção com sustentabilidade econômica e ambiental. Os camponeses reafirmaram o compromisso com a defesa da democracia, repudiaram as tentativas de golpe e cobraram da presidente que retome a agenda com a qual foi eleita. A FUP e seus sindicatos participaram do Congresso do MPA, consolidando a aliança histórica dos petroleiros com os trabalhadores rurais na luta por soberania.