Congressos regionais dão a largada para o XV CONFUP

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27/6/2011 – 14:43

Os sindicatos da FUP já iniciaram seus congressos regionais para debater os temas que serão encaminhados ao XV CONFUP, bem como eleger os delegados e delegadas que representarão os trabalhadores no Congresso Nacional da categoria. O XV CONFUP será realizado de 03 a 07 de agosto, em Manaus, no Amazonas. Com o tema “Unidade Fazendo História – Saúde e Segurança, Soberania e Sustentabilidade”, o Congresso Nacional da FUP deverá contar com cerca de 400 participantes, entre delegados, observadores, assessores e convidados. É a primeira vez que um CONFUP será realizado na região norte do Brasil, integrando ainda mais os trabalhadores e valorizando os petroleiros que atuam em um dos mais complexos pólos de produção e refino de petróleo e gás do país. A FUP, portanto, conclama a categoria a participar ativamente dos congressos regionais, dando a largada para os debates do CONFUP e garantindo uma ampla representação dos trabalhadores de base no Congresso Nacional.
Veja a agenda dos congressos regionais: Sindipetro-PE/PB – 25/06; Sindipetro-ES – 28 a 30/06;Químicos e Petroleiros-BA – 29 e 30/6, Sindipetro-MG – 29/06 a 01/07; Sindipetro-AM – 01 a 03/07; Sindipetro-RN – 01 e 02/07; Sindipetro-CE – 01 e 02/07; Sindipetro-PR/SC – 02/07; Sindipetro-Caxias – 09/07; Sindipetro-RS – 09/07, Sindipetro-NF – 13 a 15/07.

Mobilização reverte tentativa de privatização do Promef

Após denunciarem a transferência para a empresa Sete Brasil (onde a Petrobrás tem apenas 10% de participação) dos contratos de construção dos 49 navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobrás (PROMEF), os trabalhadores reverteram na luta a tentativa de privatização do programa.  A direção da Petrobrás voltou atrás e manteve sob o controle da estatal todas as encomendas dos navios que irão fortalecer a Frota Nacional de Petroleiros. A decisão foi tomada, após intervenção dos trabalhadores junto ao governo federal e à própria Petrobrás, além de mobilizações nos estaleiros do Rio de Janeiro.
No último dia 16, a CUT, a CTB, a FUP, os sindicatos de metalúrgicos e as demais entidades sindicais que integram o Fórum dos Trabalhadores da Indústria Naval e Petróleo realizaram um ato político em frente à sede da Petrobrás, no Rio, denunciando a tentativa de privatização do PROMEF.  Os dirigentes sindicais encaminharam ao presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, um documento ressaltando os riscos que a privatização dos navios petroleiros representaria para a soberania do país.
“No caso concreto de vingar a doação dos contratos do PROMEF para a Sete Brasil a frota da Transpetro passa novamente a caminhar para a curva da morte, visto que os navios que a empresa possui são em sua grande maioria de casco simples e que por força de lei serão obrigados a deixar de navegar. A Petrobrás será a única empresa de petróleo no mundo que não terá frota própria para transportar seu produto”, alertou o documento.
Com capital majoritariamente privado, a Sete Brasil foi criada com o objetivo inicial de construir as sondas necessárias à exploração do pré-sal. A Petrobrás tem apenas 10% de participação na empresa, cujos 90% restantes dos ativos pertencem aos fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia, além dos bancos Bradesco, Santander e Pactual.

Todo apoio à luta dos trabalhadores da BR pela equiparação do anuênio
Após os trabalhadores da BR Distribuidora terem iniciado uma greve no Rio de Janeiro, no último dia 20, pela retomada do ATS e a mesma progressividade da Petrobrás, a subsidiária concordou em tratar esta questão durante a negociação do Acordo Coletivo. Foi preciso a mediação do Ministério Público do Trabalho para que a BR concordasse em discutir o anuênio na campanha reivindicatória. A empresa vem se esquivando deste debate desde 2009, quando os trabalhadores se reorganizaram para lutar pela retomada do ATS, um dos direitos atacados durante o governo FHC. 
Ações antissindicais – Repetindo as mesmas ações antissindicais da Petrobrás nas mobilizações dos petroleiros, a BR Distribuidora também se utilizou dos vergonhosos interditos proibitórios para tentar impedir a greve de seus trabalhadores. A FUP se solidarizou com a paralisação dos companheiros e continua apoiando todas as mobilizações pela retomada do ATS. Essa luta também é dos petroleiros, que, assim como os trabalhadores da BR, sofreram o assédio da Petrobrás durante o governo FHC, que de tudo fez para tentar acabar com o anuênio.

FUP realiza no Rio mais um debate sobre responsabilidade social
A FUP realizou no último dia 21, no Rio de Janeiro, mais uma etapa da série de seminários que está discutindo com os trabalhadores e lideranças sindicais a recém criada ISO 26000, que trata sobre responsabilidade social. O evento já foi realizado em São Paulo e percorrerá até setembro outros estados do país, para debater a norma internacional. A FUP espera que os seminários contribuam para que os dirigentes sindicais discutam os desdobramentos da ISO 26000 e suas implicações nas relações de trabalho. A norma, por exemplo, orienta as empresas a garantir condições seguras e decentes de trabalho; priorizar a contratação direta de trabalhadores; intervir para que não haja precarização do trabalho terceirizado; reconhecer as representações dos trabalhadores, convenções coletivas, organizações por local de trabalho, sempre tomando como referência as diretrizes apontadas pela OIT, que nem sempre são respeitadas na relação capital-trabalho.
As próximas etapas do seminário serão realizadas em Salvador (07/07), Recife (21/07), Fortaleza (12/08), Vitória (18/08)  e Porto Alegre (13/09). A inscrição pode ser feita pela internet: http://fupresponsabilidadesocial.mgiora.com.br