Conheça as plataformas que a Petrobrás quer vender na Bacia de Campos

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Com levantamento feito pela assessoria do Dieese ao Sindipetro-NF, a entidade publica a relação das 14 plataformas que foram colocadas à venda no último dia 28, pela gestão da Petrobrás, na Bacia de Campos. Elas fazem parte de um conjunto de 74 áreas de exploração e produção anunciadas para venda pela companhia em todo o País.

O Sindipetro-NF é contrário à venda e denuncia a ocorrência de uma privatização acelerada na empresa, por meio de vendas de ativos, que vinham atingindo refinarias, dutos, terminais, campos terrestres e que agora chega às plataformas que operam em águas rasas. 

De acordo com o levantamento, a produção total destas unidades da Bacia de Campos é de aproximadamente 53 mil barris diários de petróleo. Além da produção, as unidades são estratégicas pela localização, algumas delas interligando as demais por fibra ótica.

“Não se trata apenas da plataforma, há toda uma malha de dutos que está ligada. E entre estas unidades estão duas grandes centrais de comunicação, onde chegam e saem a fibra ótica para toda a Bacia de Campos. São pontos estratégicos que a Petrobrás tem hoje em seu poder e que vão para as mãos Deus sabe de quem”, denuncia o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.

De acordo com o sindicalista, “as vendas são mais um passo do golpe, diretamente ligado à privataria que voltou agora ao poder no País. Os passos que os golpistas queriam dar são exatamente esses. Quando assumiram logo mudaram a lei do pré-sal para retirar da Petrobrás a condição de operadora única, com participação mínima de 30%, depois aprovaram o projeto da terceirização, inclusive podendo terceirizar a atividade fim”.

Reação urgente

Bezerra defende que os trabalhadores e a sociedade brasileira se mobilizem para impedir que a Petrobrás venda estas unidades e avance sobre outras. “Os passos que os golpistas estão dando estão muito acentuados. Ou o trabalhador entende que ele tem que fazer a luta para barrar tudo isso ou a gente vai realmente estar fadado a só ficar assistindo. Mas eu não tenho a menor dúvida de que a categoria petroleira mais uma vez vai ser ponta de lança na defesa da soberania do País e na defesa da Petrobrás, porque defender a Petrobrás é defender o Brasil”, conclamou.