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Do Boletim Nascente – Na semana em que os movimentos sindical e social lembraram os 22 anos da privatização da Companhia Vale do Rio Doce, realizada em 6 de maio de 1997, sob o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a categoria petroleira e demais trabalhadores brasileiros alertam para novos e até mais graves ataques às empresas e às políticas públicas brasileiras. Em clima de preparação para a greve geral do setor da educação, no próximo dia 15, e da greve geral em 14 de junho, a direção Nacional da CUT, que se reuniu na última segunda, 6, com participação do Sindipetro-NF, chama a todos a estarem prontos para uma batalha dura pela soberania, por direitos sociais e contra a reforma da Previdência.

Sobre a iminência de uma grave acentuação do programa de privatização, o movimento sindical alerta que nada está fora do alcance da atual devastação neoliberal operada pelo governo Bolsonaro. “São estatais importantes, como Petrobras, Eletrobras, Correios, o saneamento básico, as ferrovias, bancos públicos, entre outras empresas estratégicas, que correm risco de serem vendidas ao capital privado se o Posto Ipiranga de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, seguir com o programa de privatizações, que promete dar início ainda este mês”, afirma a CUT.

A Central lembra que o governo FHC vendeu a Vale do Rio Doce por R$ 3,3 bilhões, quando mantinha reservas minerais calculadas em mais de R$ 100 bilhões. “Após mais de duas décadas, os resultados, segundo estudo da subseção do Dieese da CUT, foram: exploração mineral sem relação com as estratégias de desenvolvimento nacional e local; transferência do lucro para acionistas, sobretudo de fora do Brasil; crescimento da terceirização e do trabalho precário, inclusive com trabalho análogo à escravidão na cadeia produtiva; e ampliação da degradação ambiental e dos crimes ambientais, como os rompimentos das barragens da companhia em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais”, pontuou a Central.

Enquanto brinca de governar, alimentando pautas morais, dando vazão a fakenews e utilizando-se de táticas diversionistas como as declarações polêmicas do guru Olavo de Carvalho ou do filho Carlos Bolsonaro, o presidente da República distrai a sua plateia fundamentalista para que a sua equipe econômica opere o maior desmonte do estado na história recente do País.

Em razão disso, o Sindipetro-NF reforça o chamado à toda a categoria petroleira e à sociedade, para que participem dos protestos que tendem a crescer nos próximos dias até a greve geral de 14 de junho.