Coordenador da FUP participa de ato do NF de testagem em massa da Covid-19 no Heliporto do Farol

O Sindipetro-NF começou hoje e segue até a quinta, 27, uma nova sequência de testagem de Covid-19 em trabalhadores e trabalhadoras que desembarcam das plataformas da Bacia de Campos pelo Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes. A atividade faz parte da Greve pela Vida, iniciada no último dia 4, que denuncia a falta de adoção pela Petrobrás de medidas eficazes de prevenção à doença.

Nesta manhã, o coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Deyvid Bacelar, participou do ato. Ele parabenizou a iniciativa do sindicato e criticou a postura da Petrobrás durante a pandemia, lembrando que o número de casos tem aumentado entre petroleiros e petroleiras, como demonstra boletim semanal da FUP/NF/Dieese.

“Quero parabenizar essa iniciativa do Sindipetro Norte Fluminense. Diferente do que pratica o governo federal, diferente do que pratica a gestão da Petrobrás, o Sindipetro-NF está aqui distribuindo as máscaras corretas para os trabalhadores e trabalhadoras de todas as empresas que desembarcam no Heliporto do Farol. Isso é muito importante, porque o número de casos está aumentando principalmente entre trabalhadores e trabalhadoras do setor de petróleo e gás”, afirmou Bacelar.

ARVE Error: Mode: lazyload not available (ARVE Pro not active?), switching to normal mode

 

Diretor do Sindipetro-NF e ex-coordenador da FUP, José Maria Rangel também está entre os sindicalistas que participam do ato no Farol. Rangel destacou que até mesmo o início da distribuição de máscaras de melhor qualidade, pela Petrobrás, foi fruto da luta do sindicato: “qual era a máscara que a Petrobrás distribuía para vocês? Era uma máscara de TNT vagabundo que não protegia absolutamente nada”, lembrou.

“Com muita luta do sindicato, questionando a empresa, nós podemos avançar para conseguirmos as máscaras PFF-2, que nós também estamos distribuindo em nosso kit greve, junto com a camisa, para que as pessoas minimamente consigam buscar a sua proteção”, complementou.

Rangel chamou os petroleiros e petroleiras da Bacia de Campos a se manterem firmes no movimento de greve, seguindo a orientação do sindicato de cumprir rigorosamente as escalas, turnos e jornadas em todas as bases da região. “Fica aqui o nosso recado para que vocês cumpram a jornada de 14 dias como o sindicato está indicando. Ao desembarcarem nós estaremos aqui para fazer o teste”, disse.

ARVE Error: Mode: lazyload not available (ARVE Pro not active?), switching to normal mode

 

A distribuição de máscaras de boa qualidade como resultado da ação do Sindipetro-NF também foi destacada pelo diretor do Sindipetro-NF Sérgio Borges. Assim como fez Rangel, ele lembrou que “nem máscara [a Petrobrás] queria dar”, complementando que a companhia “depois ofereceu uma máscara muito ruim, de qualidade péssima, e só quando o sindicato resolveu vir para cá e demais aeroportos para distribuir máscaras adequadas para os trabalhadores é que a empresa começou a se mexer”.

ARVE Error: Mode: lazyload not available (ARVE Pro not active?), switching to normal mode

 

Os testes estão disponíveis nestes três dias para todos os petroleiros e petroleiras, independentemente da empresa de petróleo em que atuem, e também para os trabalhadores e trabalhadoras do próprio heliporto do Farol de São Thomé — que chegaram a ser impedidos de fazerem o teste pelas empresas aéreas durante a primeira atividade de testagens realizada pelo sindicato, na semana passada, no último dia 20. Os testes são o de antígeno, que permitem um resultado imediato, e são realizados em parceria com um laboratório de Campos dos Goytacazes.

O coordenador geral do sindicato, Tezeu Bezerra, explicou que atuação da entidade é mais uma forma de pressionar a Petrobrás a abandonar a postura negacionista que tem sido a tônica do governo Bolsonaro. “Estamos fazendo isso porque existe um protocolo definido pela Fiocruz, defendido e produzido por nós, que diz que a Petrobrás e demais empresas devem fazer testes no meio da escala e no desembarque, para que os petroleiros possam ir para casa tranquilos, sabendo que não vão levar a doença para as suas famílias”, explicou.