Os participantes do último painel da Conferência sobre Mobilização dos Trabalhadores apresentaram em sua maioria as experiências desenvolvidas em seus países para organizar e sensibilizar as pessoas para as questões de segurança.
Os dirigentes argentinos Guillermo Pereyra e Daniel Ruiz fizeram uma restrospectiva do período da ditadura em seu país, como os trabalhadores foram perseguidos e obrigados a ficar calados, o desaparecimento de 30 mil pessoas e a dificuldade em retomar a mobilização, após esses anos difíceis. Para eles, só agora, depois dos dois ultimos governos Kirshner, que a economia foi retomada e desemprego caiu de 23% para 6,4%.
“A mobilização dos trabalhadores se dá através dos nossos veículos de comunicação e mídias sociais” afirmou O diretor do sindicato dos metalúrgicos e petroleiros nos Estados Unidos, Kim Nibarger. Ele comentou que os contratos de trabalho acontecem a cada três anos e que estão na luta nacional pelo reconhecimento do ácido hidrofólico como responsável pela causa de adoecimento de milhões de trabalhadores expostos, principalmente nas refinarias. Estava muito satisfeito pelo fato da mídia americana ter publicado pela primeira vez esse problema.
Muito emocionada, Norma Gomez do Sindicato dos Eletricitários do México, disse que disseminar a cultura da prevenção sobre as doenças crônicas e degenerativas causadas por agentes químicos é uma das principais lutas de seu sindicato. Isso se dá através da capacitação dos trabalhadores, que passam a ser multiplicadores. O trabalho começou em 2007, quando o índice eram de cinco trabalhadores mortos por ano e atualmente esse índice é zero.
O coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, afirmou que o objetivo é mobilizar os trabalhadores ao ponto de chegar a fazer uma greve com parada de produção por questões de segurança, pois essa é a única forma que as empresas darão importância ao tema.