Na saudação que fez, na noite de ontem, aos participantes da Conferência Sindical Internacional Segurança no Trabalho Offshore, o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, afirmou que o evento demonstra a prioridade que a categoria passou a dar à luta pela segurança, especialmente após a tragédia da P-36. E
Ele fez uma referência especial em relação ao papel das viúvas dos petroleiros mortos no acidente, que o sindicalista chamou de “guerreiras da P-36”. Das 11 esposas, nove participam da conferência.
“Elas de fato é que dão vida a esse 15 de março, sem elas nada disso aqui tinha sentido. Se não fossem elas, iríamos passar por alucinados bradando no aeroporto”, disse.
Para José Maria, somente quando o petroleiro vê o efeito real da tragédia, sobretudo por meio de um testemunho tão forte como os que são feitos pelas viúvas da P-36, tem-se a real dimensão da insegurança no trabalho.
O coordenador do NF disse ainda que a categoria não pode se conformar quando um trabalhador fica mutilado ou perde a vida. “Não faz parte do negócio, como querem nos fazer crer os gestores da Petrobras”.
A Conferência Internacional continua hoje e amanhã no Teatro do Sindipetro-NF, em Macaé. Promovido pelo sindicato, o evento marca os dez anos da tragédia da P-36, que matou 11 petroleiros em março de 2001.