A categoria petroleira empregada no Sistema Petrobrás, que tem data-base neste mês de setembro, acaba de ter reajuste automático na remuneração, em razão do Acordo Coletivo de Trabalho firmado com vigência de dois anos, em 2023. O reajuste “corrigiu a inflação dos últimos 12 meses (IPCA) e garantiu ganho real de 1%, totalizando um aumento de 5,28% nos contracheques de setembro”, explicou a FUP (Federação Única dos Petroleiros).
Para o coordenador do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, o acordo com vigência de dois anos (2023/2024) foi uma decisão sábia da categoria petroleira, que garantiu mais espaço negocial para avançar em outros temas e reivindicações junto à gestão da companhia.
“Agora fica mais clara a importância de um acordo de dois anos, naquele contexto político de início do novo governo Lula. Agora mesmo estamos debatendo temas como a questão da Petros, a questão do Plano de Cargos, PLR, e a questão da RSR. Estamos conseguindo construir porque é um acordo de dois anos, porque se a gente tivesse, nesse momento, tendo que fazer uma nova campanha reivindicatória, nós estaríamos em situação mais difícil, por conta da quantidade de demanda que a gente teria. Temos que ressaltar a importância desse acordo de dois anos”, afirma Borges.
A FUP lembrou ainda que “o reajuste incide também sobre a Gratificação de Campos Terrestres e o Adicional de Permanência no Estado do Amazonas. A correção do vale refeição/alimentação foi de 4,55%, conforme o indicador IPCA Alimentação. Já os benefícios educacionais serão reajustados em primeiro de janeiro de 2025 em 6,91%, conforme a variação do IPCA Educação”.
A Federação destacou que o ganho real conquistado pelos petroleiros acompanha a média da grande maioria das categorias em 2024: “Segundo o Dieese, entre os trabalhadores de empresas estatais, o ganho real conquistado nas negociações concluídas variam entre 0,48% (Correios), 0,6% (bancários) e 1% (Dataprev e Serpro)”.
Confira vídeo de Sérgio Borges sobre os impactos positivos da vigência de dois anos para o ACT:
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