Corte de investimentos da Petrobras ceifou 56 mil empregos em Campos e em Macaé

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

A política de redução de investimentos da Petrobras na Bacia de Campos já ceifou 56 mil postos de trabalho em todos os setores da economia das cidades de Campos e de Macaé, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

De 2014 a 2018, foram perdidos, entre empregos formais e informais, 55.942 postos de trabalho em Macaé e em Campos. Isso corresponde a 20,7% do total de empregos nos dois municípios em apenas quatro anos. De 2014 para 2018, o contingente de trabalhadores passou de 270.377 para 214.435.  

Na Bacia de Campos, somente a Petrobras cortou 25% dos empregos de 2014 a junho de 2020. A empresa cortou 4.282 postos de trabalho, a maioria através de Plano de Demissão Voluntária. Para cada quatro postos de trabalho da companhia na Bacia de Campos, um foi fechado. 

Transferência para a Bacia de Santos

Desde 2014, quando a operação Lava Jato começou e o preço do barril do petróleo caiu, a Petrobras vem reduzindo seus investimentos no Norte Fluminense, transferindo recursos da Bacia de Campos para as áreas do pré-sal da Bacia de Santos. A empresa tem vendido ativos, como campos de petróleo e gás natural e bases em terra, e isso afeta diretamente você.

Com o corte de investimentos e de vagas de trabalho da Petrobras na região Norte Fluminense, além do desemprego, há queda na renda. E as empresas privadas que comprarem esses ativos não terão o mesmo montante de investimentos que a Petrobras fazia. Estudos já mostraram que empresas privadas investem até três vezes menos. Isso é menos dinheiro circulando no comércio e nos serviços. 

O resultado disso você já sabe: empresas fechando e mais desemprego ainda. Não deixe que o Norte Fluminense se transforme em uma nova Detroit, cidade dos Estados Unidos cuja economia foi esvaziada com a falência das montadoras de automóveis. É preciso retomar os investimentos da Petrobras na região para evitar uma derrocada ainda maior da economia das cidades do Norte Fluminense.