Cresce mobilização da categoria na construção da greve a partir de 11 de novembro

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Semana de intensificação das reuniões setoriais nos aeroportos e nas bases de terra do Norte Fluminense. Os contatos dos diretores e diretoras do sindicato estão ficando cada vez mais frequentes com a categoria, nestes dias que antecedem à deflagração de uma grande greve se a Petrobrás insistir em cortar direitos do Acordo Coletivo de Trabalho.

O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, orienta que os petroleiros se reúnam durante os embarques e nas bases de terra, mesmo sem a presença dos diretores sindicais, para discutirem a conjuntura e a preparação da greve, trocando informes com os materiais do sindicato e mantendo-se em mobilização.

Em vídeo gravado nesta semana (aqui), Bezerra afirmou que a categoria “provou para empresa que é uma disputa ideológica. Não tem motivo financeiro para fazer isso [cortar direitos]. E nessa luta de classe a gente tem que saber de que lado está”.

O coordenador também destacou que estão sendo constantes as manifestações de adesão à greve por nenhum direito a menos, até mesmo entre petroleiros e petroleiras que ocupam cargos de chefia. “Temos tido um excelente retorno dos coordenadores e supervisores, que têm procurado a gente depois das setoriais, têm ligado, têm feito reuniões entre si para fechar apoio à greve assim que começar, por que estão conscientes de que se a gente cede alguma coisa agora, ano que vem ela vem e corta mais. A partir do dia 11, eles reduzindo direitos, a gente começa a greve”, disse.

Para o diretor Guilherme Cordeiro, “independente de qualquer problema e de qualquer contradição interna nós temos que estar unidos”.

” A história vai ser construída aqui, nas bases, no Sindipetro, e temos que estar engajados e motivados porque a luta vai ser dura. Precisamos defender a Petrobrás, defender o interesse nacional e defender também os nossos direitos que estão sendo atacados por esses golpistas que usurparam o poder no País”, defendeu.

Outro diretor do NF que chama a categoria à mobilização é o petroleiro Alexandre Vieira. Ele lembra que não há motivos financeiros ou de qualquer outra ordem para o corte de direitos. “Nós temos demonstrado que a Petrobrás não tem a necessidade de reduzir nenhum direito nosso. Mostramos através de números que a folha salarial já está mais barata, até mesmo em razão do PIDV. Depois ela veio com aquela desculpa de que o Acordo Coletivo tem muitas cláusulas, e então nós protocolamos uma proposta com menos cláusulas”, explicou.

Luta também pelo País

Em paralelo à luta contra qualquer corte de direitos no ACT, a categoria petroleira, junto a outras categorias e movimentos sociais, segue na resistência aos golpes entreguistas que estão desmontando a Petrobrás e dilapidando o patrimônio nacional.

Durante ato público, hoje, contra o leilão da ANP de áreas de petróleo, o diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto, afirmou que mesmo se os entreguistas conseguirem realizar o leilão, por meio da derrubada da liminar conseguida em ação popular no Amazonas, os trabalhadores vão atuar para tomar de volta o que é do País.

“É por isso que estamos nas ruas. É o povo brasileiro que vai defender a soberania. Eles podem até ter uma vitória hoje, mas nós vamos pegar de volta o que eles estão entregando”, afirmou Porto.

 

[Foto: Diretor do NF, Guilherme Cordeiro, hoje, em setorial com os trabalhadores no Heliporto do Farol. Semana foi de contatos constantes em todas as bases e aeroportos / Reproduçao Facebook do Sindipetro-NF]