Debatedores alertam para as ameaças à soberania nacional na abertura do Seminário de Greve

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Uma das saídas para o Brasil superar esse momento é expandir o mercado interno, afirmou o professor e assessor jurídico da FUP e Sindipetro-NF, Normando Rodriguez. Em sua análise sobre conjuntura nacional e internacional, durante a mesa de abertura do seminário de Greve, fez questão de ressaltar também que o desemprego na indústria do petróleo é uma realidade no mundo todo. “Nos Estados Unidos, foram perdidos 100 mil postos de trabalho de junho de 2014 até agora” – alertou, que relaciona esse fato ao aumento da produção no setor e a queda do preço do barril.

O Coodenador da FUP, José Maria Ferreira Rangel, avalia que o momento político acirrado que o país vive está relacionado ao ódio de classe, por conta da revolução social que foi feita no país nos últimos 12 anos, com base na ascenção da classe trabalhadora. Rangel chama atenção principalmente daqueles trabalhadores que tiveram uma melhora de vida com a aquisição da casa própria, de bens de consumo e da compra de carros e, que passaram a se considerar da burguesia e, agoram atacam àqueles que possibilitaram essas conquistas.”Não podemos esquecer que vendemos nossa força de trabalho” – diz.

Ao comentar a Operação Lava jato e a situação da Petrobras, Rangel diz que o movimento sindical nunca foi conivente com a corrupção e que a pauta de combatê-la sempre foi dos sindicatos. “Quem roubou deve ser investigado e, se for provado, tem que ser punido. O problema é que quem pagará a conta disso é a classe trabalhadora e principalmente os terceirizados. Um exemplo é a hibernação das sondas próprias, onde os trabalhadores da Petrobrás serão alocados em outras unidades e os das terceirizadas, demitidos” – disse.

A importância da defesa da pauta política também foi defendida por Rangel. “Tivemos muitos ganhos no momento que a empresa estava forte. Nesse momento de imagem fragilizada precisamos lutar paleo cumprimento da pauta política que envolve a retomada de obras, a defesa do pré-sal e a recomposição do efetivo” – afirmou.

Os diretores do Sindipetro Caxias, André Felipe Marino, Felipe Pontes e Paulo Sérgio Cardoso, alertaram para a ameaça de privatização da Transpetro e principalmente, da Transportadora Associada de Gás SA (TAG), seus dutos, gasodutos e terminais. Para eles é entregar a soberania nacional a médio e longo prazo. Felipe Pontes explicou que a Transpetro e a TAG tem dutos de 14 mil quilômetros que cortam o país e que isso tem um valor oculto muito grande, que inclui o valor das licenças ambientais obtidas e a especialização dos seus trabalhadores.”Privatizar a TAG beira a atitude criminosa com o nosso país” alertou Pontes.

A mesa foi intermediada pelos diretores do sindicato, Valdick Oliveira e Cláudio Nunes.