Reintegrado ao trabalho na Petrobrás na manhã de hoje, em Macaé, por força de decisão judicial conquistada pelo Departamento Jurídico do Sindipetro-NF, o petroleiro Raimundo Braulino de Medeiros, da base de apoio à P-35.
Junto a outros trabalhadores, ele foi afastado da empresa, há sete anos, sob acusação de participação em fraudes em licitações. Nunca foi comprovada a participação dos petroleiros em qualquer ato ilícito.
“Minha reintegração representa uma benção de Deus e uma vitória para mim, para minha família e para o sindicato. Não sei quem ganhou ou perdeu, mas acho que no final fui eu. Tentaram manchar minha honra, mas não conseguiram. Com isso estou conseguindo provar o que eu disse no meu primeiro depoimento, quando fui colocado trancado dentro de uma sala por cinco horas, com quatro pessoas da empresa me interrogando. Está provada minha inocência e a resposta para quem não acreditou em mim é meu crachá no peito”, desabafou Raimundo.
A sentença da 1ª Vara do Trabalho afirma que “inexiste comprovação da participação do reclamante no referido esquema”.
“Sei que isso não terminou ainda e que a empresa pode recorrer em segunda instância, mas só essa sentença prova que não estive envolvido com o que falaram. Fizeram uma injustiça terrível comigo, agradeço ao sindicato e as outras pessoas que acreditaram na minha história”, completou o petroleiro.
A reitegração na manhã de hoje foi acompanhada pelo diretor do Sindipetro-NF Marcelo Abraão e por assessores jurídicos do sindicato. O NF também aguarda decisões judiciais sobre os casos dos demais petroleiros demitidos.
Em entrevista hoje à Rádio NF, o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, comentou sobre a reintegração, lembrando que o sindicato está sempre pronto a defender os trabalhadores das injustiças cometidas pela empresa, “que mostra ter dois pesos e duas medidas”, referindo-se ao fato de que gerentes já foram comprovadamente envolvidos em falcatruas e não foram afastados.
