Depois de agressões, trancaço segue pacífico na base de Imbetiba

Petroleiros e militantes dos movimentos sociais continuam a manter fechados os três acessos por terra à base de Imbetiba, em Macaé. A previsão do Sindipetro-NF é a de que o expediente administrativo no local, onde atuam cerca de quatro mil trabalhadores, não seja realizado durante todo o dia. No início da manhã, houve confrontos envolvendo seguranças da base.

No primeiro deles, por volta das 7h, no portão da Praia Campista, um segurança patrimonial interveio no trabalho de convencimento dos militantes e tentou garantir o acesso de um trabalhador que, exaltado, buscava entrar na sede da empresa. Houve confusão e protesto dos grevistas, que entenderam que o segurança ultrapassou os limites da sua atribuição ao deixar a guarita e se intrometer em uma manifestação sindical.

De acordo com o diretor do sindicato, Marcelo Abrahão, que está no portão da Praia Campista, a situação foi contornada e o protesto segue de forma pacífica. “Sempre tem aqueles mais exaltados, mas de modo geral a categoria está compreendendo a importância do momento e dando demonstração de grande unidade. Vamos continuar aqui durante todo o dia e os companheiros estão parando para ouvir os informes da greve e participando”, disse Abrahão.

O outro confronto ocorreu no chamado Portão do Meio, por volta das 7h40, e envolveu o diretor sindical Antônio Alves, o Tonhão. Ao tentar convencer um trabalhador, que é segurança da empresa Hopevig, a não entrar na base, o sindicalista foi empurrado e os dois entraram em luta corporal. Na confusão, um vidro do carro do sindicato chegou a ser quebrado. O dirigente sofreu um corte profundo do braço direito, mas não houve qualquer trauma ósseo.

Os demais seguranças e militantes contribuíram para acalmar os ânimos e as agressões cessaram sem maiores consequências. Neste momento, o protesto segue de forma pacífica no portão. De acordo com o próprio Tonhão, a atitude do segurança foi isolada, não havendo uma ação deliberada da empresa em provocar atritos com os manifestantes.