Desinvestimento é privatização! Não aceitaremos retrocessos!

Primeira Mão 1173 – No momento em que trabalhadores e movimentos sociais colocam na rua uma campanha nacional em defesa da Petrobrás, o governo escolhe o caminho oposto e anuncia um “plano de desinvestimento” para se desfazer de ativos valiosos da estatal, como  termoelétricas  e campos de produção. Ou seja, em vez de fortalecer a Petrobrás e enfrentar os ataques que a empresa sofre, ampliando ou pelo menos mantendo seus investimentos no Brasil, o governo cede novamente ao mercado e aceita entregar parte da companhia de bandeja às multinacionais.

Para a FUP e seus sindicatos, isso é privatização, uma agenda da direita neoliberal que derrotamos nas urnas. Não aceitaremos que um governo popular, eleito com apoio da classe trabalhadora e dos movimentos sociais, aplique na Petrobrás o mesmo receituário dos anos 90, contra o qual tanto lutamos. Os petroleiros lutarão contra o retrocessos e intensificarão a campanha em defesa da Petrobrás.

Agenda tucana

O anúncio do tal “plano de desinvestimento” aconteceu logo após o senador José Serra (PSDB/SP) ter afirmado em entrevista que o governo deveria vender parte da Petrobrás  ao setor privado. Parece até que os “conselheiros” da presidenta Dilma estão fazendo o jogo da oposição. O tucano chegou a citar ativos dos quais se livraria, como, por exemplo, as termoelétricas e plantas de fertilizantes. E pelo jeito, há setores do  governo que comungam das mesmas ideias.

Além de estar na contramão de tudo o que os trabalhadores defendem para a Petrobrás, a venda de ativos da empresa no Brasil só fortalece a tese dos que defendem a sua privatização, como José Serra, que acredita que a estatal “tem que ser enxugada para sobreviver”.

É um terrível equívoco, por exemplo, a Petrobrás se desfazer das termoelétricas, que têm sido tão fundamentais no combate à  crise energética. Além disso, ao privatizar ativos que têm sido importantes para a geração de empregos e renda no país, o governo coloca em xeque o projeto desenvolvimentista e de conteúdo nacional.

Mais do que nunca, é fundamental que os trabalhadores ocupem as ruas no próximo dia 13, em defesa da Petrobrás e do Brasil.