Estava agendada uma reunião na manhã de hoje,14, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) entre o Sindipetro-NF e a gerência de P-55, a Petrobrás não enviou representantes. Na reunião seria debatido um projeto de, entre outras coisas, coloca mais camas nos camarotes da unidade.
Para os diretores presentes, Sergio Borges e Tadeu Porto, a atitude da empresa foi um ato de total desrespeito institucional, tanto com a SRTE quanto com o sindicato, que estavam dispostos a debater esse projeto de fundamental importância no futuro da P-55. A proposta já gerou, entre outras coisas, um manifesto da categoria a bordo e discussões sobre o assunto na reunião de CIPA.
“Saímos frustrados da reunião, pois parece que a empresa trata com negligência um item que versa diretamente sobre o futuro de todos petroleiros e petroleiras da P-55. Essa não é a postura que se espera de gestão que diz ter um projeto que vai melhorar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras a bordo. A próxima reunião é no dia 9 de Março e o sindicato reitera que só aceita algum projeto que traga avanços para os petroleiros e que seja apoiado por ampla maioria dos residentes” – afirma Tadeu Porto.
Gerente de Segurança pede “paciência” ao Sindicato
Um representante da Petrobrás que esteve na SRTE para finalizar tratamentos sobre a operação Ouro Negro da P-51 comunicou aos presentes a falta dos prepostos da P-55 e, ao escutar dos diretores presentes na reunião que isso era uma falta de respeito, pediu “paciência” ao sindicato.
A diretoria do Sindipetro-NF sempre esteve disposta a ter essa paciência no tratamento institucional, e vai seguir com essa postura. A atual gestão da Petrobrás que anda demonstrando não ter paciência ao punir e assediar a categoria petroleira de todos locais de trabalho.
“O representante da empresa fala em paciência e esquece que a empresa divulgou outro dia um sistema de consequência, que busca punir com rigor os erros procurando responsabilizar claramente o chão de fábrica. Hoje é um dia nacional de Lutas Contra a Privatização e o NF fez um grande esforço para deslocar dois diretores para tentar resolver essa questão que incomoda, e muito, os residentes da P-55, sendo assim, não comparecer a reunião sem aviso prévio é um desrespeito institucional que fere, inclusive, o item 2.6 do código de Ética da empresa. Portanto, a gente espera que a Petrobrás avalie a “gravidade” desse caso e a “circunstância” para definir a melhor sansão que o gerente faltante poderá receber por esse ato de desídia com suas funções. Se não ocorrer nenhum tipo de punição, infelizmente, daremos mais um passo para provar que o sistema de consequência da empresa não passa de ferramenta institucional de assédio moral.”- conclui o Coordenador do NF, Marcos Breda.