O Dia do Trabalhador dos petroleiros da região foi marcado por concentrações promovidas pelo Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), nesta manhã, no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, e na base de Cabiúnas, em Macaé. Nos dois atos, os sindicalistas destacaram o cenário de luta contra os ataques aos direitos trabalhistas, principalmente em relação ao Projeto de Lei 4330, o chamado PL da Escravidão, que amplia as possibilidades de terceirização.
No Heliporto do Farol, cinco diretores do sindicato realizaram falações para conscientizar os trabalhadores sobre o cenário desfavorável no Congresso Nacional. Foi estendida uma faixa com as fotos de todos os deputados federais do estado do Rio que votaram a favor do PL 4330.
“O trabalhador terceirizado tem salário menor, jornada maior, sofre maior rotatividade de empregos, e está sujeito a um maior risco de acidentes no trabalho. Como podem dizer que isto é bom para o empregado? Isso só é bom para o patrão”, afirmou o diretor do Sindipetro-NF, Leonardo Ferreira, durante o ato no Farol.
Em outra faixa estendida pelos sindicalistas no heliporto, o sindicato registrou a sua solidariedade aos professores paranaenses, que nesta semana foram alvos de uma ação violenta da polícia quanto tentavam entrar na Assembleia Legislativa para protestar contra projeto que altera a previdência dos servidores. Mais de 200 pessoas ficaram feriadas, algumas delas atacadas por cães policiais. Também foi registrado apoio aos professores de São Paulo, em greve há dois meses.
Cabiúnas
No Terminal de Cabiúnas (Tecab), três diretores do Sindipetro-NF realizaram reunião setorial com os trabalhadores, na chegada ao turno das 7h, e atrasaram a entrada em aproximadamente meia hora para conversar sobre os temas de luta dos petroleiros e das demais categorias.
De acordo com o coordenador geral do sindicato, Marcos Breda, que participou da setorial no Tecab, houve uma grande adesão dos trabalhadores da base e, além do PL 4330, foram discutidos temas como desinvestimentos da Petrobrás, defesa da companhia, a MP 664 (que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte) e a MP 665 (que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial).
“Os trabalhadores entenderam a importância de fazermos um momento de reflexão neste primeiro de maio e desceram do ônibus, no portão, para realizarmos a setorial”, explicou Breda.
Diretores presentes
Do ato no Heliporto do Farol, além de Leonardo Ferreira, participaram os diretores Tadeu Porto, Valter de Oliveira, Valdick Sousa e Marcelo Nunes. Do ato em Cabiúnas, além de Marcos Breda, participaram os diretores Marcelo Abrahão e Claudio Nunes.
[Petroleiros estendem faixas no Heliporto do Farol contra o PL 4330 e em solidariedade aos professores / Foto: César Ferreira]