Diretor do NF, Alexandre Vieira, palestra no 31º Curso Anual do NPC e destaca os desafios da comunicação sindical na defesa da vida

O diretor Alexandre Vieira, do Sindipetro-NF, participou de uma mesa nesta sexta-feira, às 11h30, do 31º Curso Anual do NPC: Comunicação e Mobilização da Classe Trabalhadora, que ocorre entre os dias 4 e 7 de dezembro, no Rio de Janeiro. A mesa da qual fez parte teve como tema “Saúde é ausência de medo” e a comunicação sindical/popular com o SUS, reunindo importantes referências da comunicação e da saúde coletiva.

A atividade contou com os palestrantes Rodrigo Murtinho (ICICT/Fiocruz), Claudia Santiago (NPC), Alexandre Oliveira (Sindipetro-NF) e Luciene Lacerda (UFRJ), compondo um debate fundamental sobre o papel da comunicação na defesa da saúde, dos direitos e da vida dos trabalhadores.

A fala de Alexandre foi construída com base em sua apresentação, que abordou a necessidade de aprofundar o olhar sobre as condições de trabalho, os números que revelam a realidade das áreas e a urgência de fortalecer a consciência coletiva para enfrentar ameaças, retrocessos e estratégias de precarização.

Em sua exposição, Alexandre destacou que os números de acidentes, indicadores de desempenho e dados operacionais, embora importantes, não têm sido capazes de impedir a repetição de acidentes e violações nas áreas. Para ele, é preciso ir além da leitura técnica e compreender que esses resultados refletem escolhas políticas, organizacionais e culturais.

“Os números são resultados das atividades, mas seu estudo isolado não tem impedido que tragédias se repitam. É necessário entender o contexto e disputar narrativas para proteger a vida”, afirmou Vieira.

Frentes de luta e o que os trabalhadores precisam evitar

O diretor listou diversas frentes de atuação sindical — entre elas a defesa da saúde e segurança, o enfrentamento à precarização, a busca por transparência e a resistência às práticas que normalizam riscos. Ele alertou para aquilo que a categoria precisa evitar de forma firme como a naturalização de acidentes;  culpabilização individual dos trabalhadores;  desmobilização e o enfraquecimento da luta coletiva e a lógica empresarial que coloca metas acima da vida.

Um dos pontos centrais de sua fala foi a defesa de que a transformação verdadeira começa com a consciência da importância da vida acima do emprego. Alexandre criticou a monetização da luta, destacando que o foco na saúde do trabalhador precisa ser prioridade absoluta.

“A vida é o valor maior. Sem isso, todo o restante perde sentido”, reforçou.

Alexandre também apresentou conquistas históricas obtidas pela categoria, reforçando que todas elas foram resultado direto da organização e mobilização dos trabalhadores. Ele ressaltou que a comunicação sindical cumpre papel essencial na construção dessa força coletiva, ao tornar visível o que ocorre nas áreas e ao defender narrativas que protejam direitos.

Além da presença de Alexandre na mesa, o diretor de Comunicação do Sindipetro-NF, Marcelo Nunes, está participando de todo o curso, reforçando o compromisso da entidade com a formação política, técnica e comunicacional — pilares essenciais para fortalecer a luta da categoria.